Reflexões a respeito do estigma da obesidade a partir do filme paraíso: quanto pesa o amor
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26825Palavras-chave:
Obesidade. Estigma. Peso corporal. Valores. Bioética.Resumo
O peso corporal acima do padrão recomendado pelas instituições de saúde não está relacionada somente a um possível estado de doença, mas sobremaneira a aspectos de consumo de bens, serviços e da influência do biopoder sobre os corpos. O surgimento de uma sociedade lipofóbica atribuiu uma marca ao corpo obeso caracterizada por uma inadequação que exclui, isola e desqualifica o indivíduo fora do padrão estipulado. Como processo complexo e que se traduz nas imagens materiais e simbólicas produzidas foi imputada uma marca valorativa que alcançou outras dimensões subjetivas dos indivíduos como a capacidade e a competência psíquica, social e moral. A construção e a exigência de perseguir um modelo corporal ideal transformou a hierarquia de valores diante forma física. Valores estéticos sobrepujaram tanto os valores sensíveis como a felicidade assim como dos valores morais de justiça, liberdade, respeito e solidariedade. O isolamento social provocado pelo estigma da obesidade e o ideal de pertencer a um grupo considerado “normal”, magro e aceito pode provocar consequências graves diante da busca desenfreada por tratamentos, medicações, procedimentos cirúrgicos ou soluções milagrosas. O filme Paraíso - Quanto Pesa o Amor, dirigido por Mariana Chenillo ”“ México, 2013 ”“ conta a estória do casal Carmem e Alfredo interpretados por Daniela Rincón e Andrés Almeida que retrata as dimensões de estar acima do peso corporal permitindo refletir a respeito dos diversos aspectos que envolvem o estigma da obesidade e suas repercussões como os conflitos, as escolhas, os desejos e o reconhecimento de si e do outro.
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Referências
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