Bioética e Terreiro: reflexões sobre práticas de sáude e cuidado no Tambor de Cura do Maranhão
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26323Palavras-chave:
Bioética da intervenção. Saúde da populção negra. Vulnerabilidade. Racismo. Religões afroameríndias.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo investigar a prática do Tambor de Cura, ritual religioso afroamaríndio praticado no Maranhão a fim de compreender em que medida esses conhecimentos tradicionais auxiliam na promoção da saúde da população local do povoado de Santo Antônio dos Pretos, Maranhão. Tendo em vista que Maranhão, pela sua grande presença negra, pode ser tomado como uma presença da África no Brasil, configuração resultante do processo de diáspora em que inúmeras etnias africanas que viviam de modo complexo e que possuíam relações particulares com o sagrado e com a natureza, além de organizações políticas e estruturas sociais diversificadas foram tragadas pelo violento sistema escravista que levou homens e mulheres que viviam livres no continente africano a viverem do outro lado do Atlântico subjugadas e subjugados pelo trabalho forçado. Levando-se em consideração o legado africano que pode ser identificado nas distintas regiões do Brasil, o Maranhão é o Estado que mantêm de maneira evidente as manifestações culturais afrobrasileiras e de religiões de matriz africana se compondo enquanto uma experiência da África no Brasil. Em municípios no interior do Estado como Codó e o seu povoado de Santo Antônio dos Pretos, são encontradas práticas religiosas com ênfase terapêutico na cura de determinas doenças por meio de ervas, orações, pequenas “cirurgias” e aconselhamentos espirituais.
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Referências
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