Modernidade, Colonialidade e Imperialismo Moral: manutenção de status quo na relação entre países centrais e periféricos
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v14i0.25572Palavras-chave:
Modernidade, colonialidade, imperialismo moral, bioética.Resumo
Entre as relações desenvolvidas entre países encontramos parcerias, dominações, disputas de poder, sob o domínio do homem e de seus interesses. A Modernidade e seus reflexos impactam a relação entre países centrais e periféricos. Este texto se propõe a relacionar a Colonial-Modernidade e o Imperialismo Moral, este último como imperativo de manutenção de poder e influência. São referenciados trabalhos que caracterizam a Modernidade, o Colonialismo, a Colonialidade, bem como o Imperialismo Moral e os reflexos para a Bioética. Foi traçada uma relação entre estes conteúdos por meio da caracterização de ideias e reflexos na dinâmica dos contextos apresentados. A relação entre grupos, sociedades e países, a partir de interesses que podem estar para além da simples e pura manutenção de poder como forma de dominação, mas econômicos, culturais e de conhecimento, entre aqueles que acreditavam ser possuidores do status de racional em detrimento de outras racionalidades, ou seja, o não reconhecimento de um pluralismo.
Downloads
Referências
Arpini A. Pluralismo. In: Tealdi JC, diretor. Diccionario Latinoamericano de Bioética. Bogotá: UNESCO - Red Latinoamericana y del Caribe de Bioética, Universidad Nacional de Colombia; 2008.
Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília: Ministério da Saúde. Acessível em: http://conselho.saude.gov.br / resolucoes/ 2012/Reso466.pdf
Chattopadhyay S, De Vries R. Respect for cultural diversity in bioethics is an ethical imperative. Med Health Care and Philos. 2013; 16: 639”“645. 4. Chattopadhyay S, Myser C, De Vries R. Imperialism in Bioethics: How Policies of Profit Negate Engagement of Developing World Bioethicists and Undermine Global Bioethics. Editorial. J Bioeth Inq. 2015; 12(4): 727-728.
Dussel E. Europa, Modernidade y Eurocentrismo. In: Lander E, editor. La colonialidad del saber: Eurocentrismo y Ciencias Sociales. Perspectivas Latinoamericanas. Caracas: FLACSO; 2000, p. 41-53.
Escobar A. Mundos y conocimientos de outro modo: el programa de investigación de modernidade/colonialidad Latinoamericano. Tabula Rasa. 2003; 1: 56-86.
Flor do Nascimento W. Diferença, poder e vida: perspectivas descoloniais para a bioética. In: Porto D, Garrafa V, Martins GZ, Barbosa SN, coordenadores. Bioéticas, poderes e injustiças: 10 anos depois. Brasília: CFM; 2012, p. 153-69.
Flor do Nascimento W, Garrafa V. Por uma vida não colonizada: dialogo entre a bioética de intervenção e colonialidade. Saúde & Sociedade. 2011; 20(2): 287”“ 299.
Garrafa V. Imperialismo moral. In: Tealdi JC, diretor. Diccionario Latinoamericano de Bioética. Bogotá: UNESCO - Red Latinoamericana y del Caribe de Bioética, Universidad Nacional de Colombia; 2008.
Garrafa V. O Congresso Mundial de 2002, a Declaração da Unesco de 2005 e a ampliação e politização da agenda bioética internacional no século XXI. In: Porto D, Garrafa V, Martins GZ, Barbosa SN. Bioeticas, poderes e injusticas: 10 anos depois. Brasília: CFM/Cátedra UNESCO de Bioética/ SBB; 2012.
Garrafa V, Prado MM. Mudanças na Declaração de Helsinki: fundamentalismo econômico, imperialismo ético e controle social. Cad. Saúde Pública; 2001; 17(6): 1489-1496.
Garrafa V, Lorenzo C. Moral imperialism and multi-centric clinical trials in peripheral countries. Cad. Saúde Pública. 2008; 24(10): 2219-26.
Garrafa V, Lorenzo C. Helsinque 2008: redução de proteção e maximização de interesses privados. Rev. Assoc. Med. Brasileira. 2009; 55(5): 497-520.
Grosfoguel R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e Colonialidade global. In: Sousa Santos B, Menezes MP, organizadores. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez; 2010, p. 455-491.
Melé D, Sánchez-Runde C. Cultural Diversity and Universal Ethics in a Global World. J Bus Ethics. 2013; 116: 681-687.
Portillo J. Dominación y hegemonia. In: Tealdi JC, diretor. Diccionario Latinoamericano de Bioética. Bogotá: UNESCO - Red Latinoamericana y del Caribe de Bioética, Universidad Nacional de Colombia; 2008.
Quijano A. “Colonialidad y Modernidad-racionalidad”. In: Bonillo H, compilador. Los conquistados. Bogotá: Tercer Mundo Ediciones, FLACSO; 1992, p. 437-449.
Quijano A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: Lander E (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO; 2005a, p. 227-278.
Quijano A. Dom Quixote e os moinhos de vento na América Latina. Estud. Av., 2005b; 19(55): 9-31.
Solbakk JH. Bioética no divã. In: Porto D, Garrafa V, Martins GZ, Barbosa SN. Bioeticas, poderes e injusticas: 10 anos depois. CFM/Cátedra UNESCO de Bioética/ SBB; 2012.
Tealdi JC. Del fundamentalismo de los principios al imperialismo moral. In: Garrafa V, Kottow M, Saada A, coordenadores. Estatuto Epistemológico de la Bioética. México DC: Universidad Nacional Autónoma de México, Red Latinoamericana y del Caribe de Bioética de la Unesco; 2005.
Tealdi JC. Historia y significado de las normas éticas internacionales sobre investigaciones biomédicas. In: Keyeux G, coordenadora. Ética de la investigación en seres humanos y políticas de salud publica. Bogotá: UNESCO. Red Latinoamericana y del Caribe: Universidad Nacional de Colombia, Instituto de Genética; 2006.
UNESCO. Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Brasília: Cátedra Unesco de Bioética; 2005. Acessível em: http://bioetica.catedraunesco. unb.br/wp-content/uploads/2015/05/ Declaração-Universal-sobre-Bioética-e-Direitos-Humanos.pdf
