Território, patrimônio cultural e bioética: diálogos por uma perspectiva decolonial
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.24534Palavras-chave:
Território. Patrimônio Cultural. Bioética. Bioética de Intervenção. Decolonialidade.Resumo
Para o Geógrafo Milton Santos, o território é formado na interação de fluxos e fixos, em uma relação entre aspectos físicos, sociais e simbólicos. Nessa perspectiva o território não é isento nas relações de poder, ao contrário, é no espaço e tempo que as situações da vida se desenrolam através do cotidiano, no espaço geográfico de produção e reprodução da vida. Na modernidade, atual fase da globalização, se pretende unificar o discurso, as formas de pensar, ser, vestir, querer e amar, em busca de uma universalidade. Esta unificação se dá a partir de um discurso capitalista com padrão eurocêntrico, que considera os países ditos desenvolvidos como espelhos para todos os outros, negando ou não considerando as especificidades socioterritoriais, pretendendo nos universalizar e nos tornar mais vendáveis ao mercado, mas sempre nos separando enquanto seres sociais em nossas diferenças.
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Referências
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