Análise do ensino da morte e do morrer na graduação médica brasileira

Autores

  • George Felipe de Moura Batista UFRN
  • Gustavo da Cunha Lima Freire UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v15.2019.23286

Palavras-chave:

Morte, Universidades, Brasil, Educação Médica, Tanatologia

Resumo

No Brasil, as concepções sobre a morte modificaram-se por diversas vezes ao longo da história, inclusive no que tange ao processo de formação médica. No século XX, a instituição do modelo médico biotecnicista e hospitalocêntrico acarretou num profundo distanciamento da categoria em relação à finitude, cujo estudo baseia-se nos fenômenos da tanatologia. O ato de morrer, que antes era tido como natural e tinha curso no leito domiciliar, ocorre desde então nos leitos de hospitais, e cabe ao médico a função de combatê-lo a qualquer custo. Para o profissional da saúde, a busca pela cura muitas vezes supera a do cuidado, e quando essa primeira prática não é mais possível, a frustração resultante pode ocasionar num intenso esgotamento físico e mental conhecido como síndrome de Burnout. Quanto ao doente, as consequências desse processo podem ser ainda mais onerosas, principalmente no que se refere ao prolongamento de sua dor e sofrimento. Com base nesses aspectos, o objetivo desta pesquisa foi o de investigar a inserção do estudo da morte nas 50 melhores universidades de medicina do país, conforme o ranking da Folha (RUF) divulgado em 2017. Trata-se, portanto, de um estudo de base documental do tipo qualitativo-descritivo, e que possibilitou evidenciar um profundo déficit quanto à capacitação dos estudantes para o processo de morte e cuidado com o paciente moribundo.

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Biografia do Autor

Gustavo da Cunha Lima Freire, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Docente do Departamento de Morfologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Publicado

2019-08-16

Como Citar

de Moura Batista, G. F., & Lima Freire, G. da C. (2019). Análise do ensino da morte e do morrer na graduação médica brasileira. Revista Brasileira De Bioética, 15, 1–13. https://doi.org/10.26512/rbb.v15.2019.23286

Edição

Seção

Artigos Originais