HABERMAS E A CRÍTICA À EUGENIA LIBERAL
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v2i3.11554Palavras-chave:
Habermas. Eugenia. Eugenia Liberal. Bioética. Teoria da Justiça.Resumo
Pretende-se nesse texto, em primeiro lugar, apresentar os argumentos de Habermas contra a eugenia liberal, mais especificamente, contra a eugenia positiva. Vão-se afirmar, igualmente, os argumentos de Habermas em favor de uma ética da espécie, os quais permitem apenas uma eugenia negativa, isto é, aquela com fins terapêuticos sem que, para isso, seja necessário interferir na estrutura genética, em virtude de, em primeiro lugar, interferir na autocompreensão dos indivíduos como livres e iguais e, em segundo lugar, na irreversibilidade de tais mudanças. Por fim, serão arrolados alguns críticos das teses habermasianas. Esses autores, em geral, apontam para um certo retrocesso da perspectiva do filósofo de Frankfurt por tentar recuperar a ideia de natureza humana.
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