CONFRONTO COM A MORTE EM MEIO À INAUTENTICIDADE

aproximações entre a literatura machadiana e a filosofia de Heidegger

Autori

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v12i26.48614

Parole chiave:

Brás Cubas. Ser-para-a-morte. Literatura e ontologia. Machado de Assis. Martin Heidegger.

Abstract

Em Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, o personagem que dá título ao romance revela-se como uma ilustração do que Martin Heidegger, em sua ontologia de Ser e tempo, interpreta como inautenticidade. E essa vida inautêntica, em que o ser-aí se aliena de si mesmo, permitindo-se tutelar pelos outros, decai, no contexto narrativo, em outra condição: a do afastamento da possibilidade de ser-para-a-morte, categoria que reflete a consciência do ser humano diante de sua finitude. Tal consciência poderia demover Cubas da trajetória por ele perseguida, mas, como se examinará, não é isso que seu arco narrativo apresenta. No presente ensaio, por meio de uma investigação bibliográfica voltada ao texto machadiano e a teses heideggerianas, se procederá a uma leitura literário-filosófica centrada no ser ficcional como referencial da explanação ontológica que se vincula à noção de mortalidade.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografia autore

André Luiz de Souza Sampaio, Universidade Federal do Ceará

Mestrando em Letras/Literatura Comparada na Universidade Federal do Ceará (UFC), é letrólogo e filósofo, com especializações em ambas as áreas. É pesquisador no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e no Movimento Educativo de Ações Ressignificadas, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Mediar/UFOB).

 

 

Riferimenti bibliografici

ABBAGNANO, Nicola (org.). Dicionário de filosofia. 5. ed. Tradução de Alfredo Bosi e Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. 1.

BOSI, Alfredo. Machado de Assis: o enigma do olhar. São Paulo: Ática, 1999.

SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2000.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo: parte I. Tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2005a.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo: parte II. Tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2005b.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Tradução de Fausto Castilho. Campinas: Editora Unicamp; Petrópolis: Vozes, 2012.

INWOOD, Michael. Dicionário Heidegger. Tradução de Luísa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia. Tradução de Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2005. v. 5.

LEIBNIZ, Gottfried. Essais de theodicée: sur la bonté de Dieu, la liberté de l’homme, et l’origine de mal. Lausana: Bousquet, 1760.

VOLTAIRE. Cândido, ou O Otimismo. Tradução de Mário Laranjeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

##submission.downloads##

Pubblicato

2023-12-30

Come citare

Sampaio, A. L. de S. (2023). CONFRONTO COM A MORTE EM MEIO À INAUTENTICIDADE: aproximações entre a literatura machadiana e a filosofia de Heidegger. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 12(26), 359–374. https://doi.org/10.26512/pl.v12i26.48614

Fascicolo

Sezione

Ensaios