"FERIDAS QUE CURAM DEIXANDO CICATRIZES"
Zupančič contra Marcuse e uma crítica ao lugar da sexualidade em Eros e Civilização
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v13i28.54204Palabras clave:
Sexualidade. Herbert Marcuse. Alenka Zupančič. Filosofia da psicanálise. Negatividade.Resumen
Este artigo visa, diante do aporte teórico fornecido por Alenka Zupančič em sua obra What is Sex? (2017) e de contribuições de pensadores contemporâneos também inspirados por uma leitura lacaniana da psicanálise, como Gabriel Tupinambá (2018) e Vladimir Safatle (2004), estabelecer uma crítica ao tratamento do conceito de sexualidade dado no interior do texto Eros e Civilização (1955), de Herbert Marcuse. Para tanto, primeiramente, reconstruir-se-á o projeto marcuseano de Eros e Civilização. Em seguida, será exposta a conceitualização da sexualidade elaborada por Zupančič. Por fim, contrastando os dois sistemas apresentados, em conjunto com contribuições de pensadores adjacentes à linha teórica de Zupančič, mostrar-se-á que Marcuse não concebe a sexualidade em sua pertinência conceitual e, deste modo, acaba inibindo aquilo que permite à psicanálise atuar enquanto campo autônomo em uma totalidade conflitiva onde a filosofia não incide adequadamente.
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