OBLIVION POLICIES IN CONTEMPORARY BRAZILIAN ART

Authors

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v11i22.42242

Keywords:

Oblivion policies. Abuses of forgetfulness. Files. Anarchived memories. Brazilian contemporary art.

Abstract

: While memorial practices and memory studies are accused for their excesses in certain national contexts, it is necessary to find other theoretical models to understand the position that Brazil occupies in the context of memory policies in contemporary times. In this regard, we will start from two basic premises: if there are excesses and abuses in the Brazilian panorama, these hardly fall on memory, but rather on forgetfulness; and, instead of memory policies, perhaps it is more appropriate to speak in terms of "oblivion policies" for the analysis of socially founded or institutionalized silences, as well as of the abandonment and concealment of certain narratives. The hypothesis is that the "abuses of forgetfulness" are thematized in this scenario today, mainly by artists who seek to follow the traces of what has been erased from official history, unearthing hidden memories and things that were conveniently forgotten for the establishment of false consensuses that do not mean either social peace nor justice.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Rafaela Alves Fernandes, Universidade de São Paulo

Mestranda em Filosofia pela Universidade de São Paulo, bacharela em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo (2017) e licenciada em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes (2010). Atualmente integra o grupo de estudos em Estética Contemporânea do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. É professora de Arte no ensino fundamental e médio pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Tem experiência nas áreas de Arte-Educação, História da Arte, Crítica de Arte e Teatro. Interessa-se pelos seguintes eixos de pesquisa: arte e memória; estudos sobre a imagem; arte, filosofia e política; arte-educação.

References

ADORNO, T. W. “O que significa elaborar o passado”. In ADORNO, Theodor W. Educação e Emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995.

ADORNO, T. W. Minima Moralia. Trad. Artur Morão. Coleção Arte e Comunicação, vol. 77. Lisboa: Edições 70, 2001.

BARTHES, R. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Trad. Julio C. Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

BEIGUELMAN, G. Impulso de história. Revista Select, vol. 07, n. 40, pp. 178-191, set-nov. 2018. Disponível em: <https://www.select.art.br/edicao/select-no-40/>. Acesso em: 23 set. 2020.

BEIGUELMAN, G. Memória da amnésia: políticas do esquecimento. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2019.

BENJAMIN, W. Sobre o conceito de História. In: BENJAMIN, W. Magia e Técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio P. Rouanet, 7ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BENJAMIN, W. O caráter destrutivo. In: BENJAMIN, W. Rua de mão única. Trad. Rubens R. T. Filho [et al.]. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

BENJAMIN, W. Escavando e recordando. In: BENJAMIN, W. Rua de mão única. Trad. Rubens R. T. Filho [et al.]. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

BENJAMIN, W. A modernidade – obras escolhidas. Ed. e Trad. João Barrento. Lisboa: Assírio & Alvim, 2006.

BENJAMIN, W. Passagens. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/ Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009.

BERGSON, H. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. Trad. Paulo Neves. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BOURRIAUD, N. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Martins, 2009.

DANZIGER, L. Perigosos, subversivos, sediciosos. MODOS. Revista de História da Arte. Campinas, v. 2, n.1, p.236-244, jan. 2018. DOI: https://doi.org/10.24978/mod.v2i1.1032.

DERRIDA, J. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Trad. Claudia de Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

DIDI-HUBERMAN, G. (Org.). Levantes. Trad. Jorge Bastos [et al.]. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2017a.

DIDI-HUBERMAN, G. Cascas. Trad. André Telles. São Paulo: Editora 34, 2017b.

ECO, U. An Ars Oblivionalis? Forget It!. Modern Language Association, vol. 103, n. 3, pp. 254-261, 1988. DOI: https://doi.org/10.2307/462374

FONTES FILHO, O. Uma imagem de denúncia, uma arte de reivindicação: Algumas interrogações em torno de Ama de Leite (2005), de Rosana Paulino. Viso: Cadernos de estética aplicada, v. 14, n. 26, pp. 343-365, 2020.

FOSTER, H. An archival impulse. October, vol. 110, pp. 3-22, 2004. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/3397555>. Acesso em: 23 set. 2020.

FREUD, S. O mecanismo psíquico do esquecimento. In: FREUD, S. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Vol. 3. Rio de Janeiro: Imago, 1996, pp. 249-284.

FREUD, S. Lembranças encobridoras. In: FREUD, S. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Vol. 3. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 285-306.

GAGNEBIN, J. M. Limiar, aura e rememoração: ensaios sobre Walter Benjamin. São Paulo: Editora 34, 2014.

GUASCH, A. M. Os lugares da memória: a arte de arquivar e recordar. Revista Valise, Porto Alegre, vol. 3, n. 5, ano 3, pp. 237-264, 2013. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/RevistaValise/article/view/41368>. Acesso em: 23 set. 2020.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Edições Vértice, 1990.

HERKENHOFF, P. Rennó ou a beleza e o dulçor. In: RENNÓ, R. Rosângela Rennó. Edusp: São Paulo, 1997.

HIRSCH, M. The Generation of Postmemory. Poetics Today, n. 29, vol. 1, pp. 103-128, 2008. DOI: https://doi.org/10.1215/03335372-2007-019.

HUYSSEN, A. Seduzidos pela memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

HUYSSEN, A. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto: Museu de Arte do Rio, 2014.

KEHL, M. R. Tortura e sintoma social. In: TELES, E., SAFATLE, V. (Orgs.), O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Trad. Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2014.

MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Trad. Renata Santini. São Paulo: N-1 Edições, 2018.

MELENDI, Maria Angélica. Arquivos do mal – mal de arquivo. Revista Studium, n. 11, 2002. DOI: https://doi.org/10.20396/studium.v0i11.11742.

NIETZSCHE, F. II Consideração Intempestiva sobre a utilidade e os inconvenientes da História para a vida. In: NIETZSCHE, F. Escritos sobre História. Trad. Noéli Correia de Melo Sobrinho. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2005.

NIETZSCHE, F. Além do bem e do mal. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de bolso, 2005.

NIETZSCHE, F. Da utilidade e desvantagem da história para a vida [1874]. In: NIETZSCHE, F. Obras incompletas. Trad. Rubens R. Torres Filho. São Paulo: Editora 34, 2014, pp. 74-88.

NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, vol. 10, pp. 7-28, jul/dez, 1993.

RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. 2ª ed. São Paulo: EXO experimental; Editora 34, 2009.

RANCIÈRE, J. Figuras da história. Trad. Fernando Santos. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

RENNÓ, R. Cicatriz. Fotografias de tatuagens do Museu Penitenciário Paulista e textos do Arquivo Universal. In: GOIFMAN, Kiko. Valetes em slow motion – a morte do tempo na prisão: imagens e textos. Campinas/SP: Editora da UNICAMP, 1998.

RICŒUR, P. A memória, a história, o esquecimento. Trad. Alain François [et al.]. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

ROBIN, R. A memória saturada. Trad. Cristiane Dias e Greciely Costa. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016.

SAFATLE, V. Do uso da violência contra o Estado ilegal. In: TELES, E., SAFATLE, V. (Orgs.). O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010, pp. 237-252.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Trad. Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007.

SELIGMANN-SILVA, M. Anistia e (in)justiça no Brasil: o dever de justiça e a impunidade. In: SANTOS, C. M.; TELES, E.; TELES, J. A. (Orgs.), Desarquivando a ditadura: memória e justiça no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2009, pp. 541-556.

SCHWARCZ, L.; GOMES, F. dos S. (Orgs.) Dicionário da escravidão e liberdade – 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

TELES, E., SAFATLE, V. (Orgs.). O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

TODOROV, T. Los abusos de la memoria. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 2000.

WEINRICH, H. Lete: arte e crítica do esquecimento. Tradução de Lya Luft. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

YERUSHALMI, Y. H., LORAUX, N. [et al.]. Usos do esquecimento: conferências proferidas no colóquio de Royaumont. Trad. Eduardo A. Rodrigues, Renata C. B de Barros. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2017.

Published

2022-09-19

How to Cite

Alves Fernandes, R. (2022). OBLIVION POLICIES IN CONTEMPORARY BRAZILIAN ART. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 11(22), 131–159. https://doi.org/10.26512/pl.v11i22.42242

Issue

Section

Artigos