“NO PRINCÍPIO ERA O OBSCURO, E O OBSCURO ESTAVA COM DEUS, E O OBSCURO ERA DEUS”

uma proposta de cosmogonia dionisíaca-diabólica em Gilles Deleuze

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v13i28.53953

Palavras-chave:

Dioniso. Eterno Retorno. Corpo sem Órgãos. Distinto-obscuro. Claro-confuso.

Resumo

O texto a seguir apresenta uma proposta de proto-mitologia cosmogônica e cosmológica a partir da filosofia de Gilles Deleuze e de seu trabalho em conjunto com Félix Guattari, pautado no mito grego. Nossa conceituação mítico-filosófica se baseia no deus grego Dioniso e sua dinâmica com o deus Apolo pela noção que Deleuze explicita – a partir do pensamento de G.W. Leibniz – da dualidade distinto-obscuro e claro-confuso.  Tal dualidade  caracteriza o processo de atualização e formação das ideias – tanto no sentido das ideias que fundamentam o cosmos, como das formações de subjetividade e do próprio pensar filosófico –  segundo um movimento de diferenciação do campo germinal e virtual de um vazio completo de forma ou sentido a priori (baseado no conceito de Eterno Retorno, adaptado da filosofia de Friedrich Nietzsche por Deleuze), para uma produção incessante de simulacros, expressos no teatro trágico de Dioniso em falsificar e mascarar o caos cósmico originário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Marcos de Lima Rosa, Universidade Estadual de Londrina

Graduando do curso de licenciatura em filosofia na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pesquisando na área de subjetividade cujos autores de interesse são: Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Temas/problemas de interesse: niilismo, desejo/vontade, tempo, ontologia, cosmologia, espectrologia e mitologia.

Referências

ARTAUD, Antonin. O Teatro e seu Duplo. Tradução de Teixeira Coelho. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

BATAILLE, Georges. A Experiência Interior: seguida de Método de Meditação e Postscriptum 1953: Suma Ateológica. Tradução de Fernando Scheibe. 1 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

DELEUZE, Gilles. Diferença e Repetição. Tradução de Luiz Orlandi e Roberto Machado. 1 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2018.

DELEUZE, Gilles. Lógica do Sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. 4 ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000.

DELEUZE, Gilles. Proust e os Signos. Tradução de Roberto Machado. 1 ed. São Paulo: Editora 34, 2022.

DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia Vol. 4. Tradução de Suely Rolnik. 2 ed. São Paulo: Editora 34, 2012.

DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. O Anti-Édipo. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. 1 ed. São Paulo: Editora 34, 2010.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 3. ed. Lisboa; Fundação Calouste Gulbenkian, 1994.

KLOSSOWSKI, Pierre. Nietzsche e o Círculo Vicioso. Tradução de Hortencia S. Lencastre. Rio de Janeiro; Pazulin, 2000.

LAPOUJADE, David. Deleuze, os Movimentos Aberrantes. Tradução de Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: n-1 edições, 2017.

LÉVI, Éliphas. Dogma e Ritual da Alta Magia. Tradução de Rosabias Camaysar. 21 Ed. São Paulo: Pensamento, 2017.

NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. 1ª. ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2012.

NIETZSCHE, Friedrich. Crepúsculo dos Ídolos. Tradução de Paulo César de Souza. 1. Ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2017.

NIETZSCHE, Friedrich. Fragmentos Póstumos 1885-1887 (Volume VI). Tradução de Marco Antônio Casanova. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.

ROMANDINI, Fabián Ludueña. Princípios de Espectrologia: a Comunidade dos Espectros II. Tradução de Marco Antônio Valentim. Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie, 2018.

SIMONDON, Gilbert. A Individuação à Luz das Noções de Forma e Informação. Tradução de Luís Eduardo Ponciano Aragon e Guilherme Ivo. 1 ed. São Paulo: Editora 34, 2020.

VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Downloads

Publicado

28-10-2024

Como Citar

de Lima Rosa, J. M. (2024). “NO PRINCÍPIO ERA O OBSCURO, E O OBSCURO ESTAVA COM DEUS, E O OBSCURO ERA DEUS” : uma proposta de cosmogonia dionisíaca-diabólica em Gilles Deleuze. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 13(28), 238–265. https://doi.org/10.26512/pl.v13i28.53953

Edição

Seção

Artigos