A GRAMÁTICA DA DOR EM WITTGENSTEIN

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v12i25.48330

Palavras-chave:

Lógica. Gramática. Dor. Sensações. Linguagem.

Resumo

Wittgenstein, em seu período intermediário, nos diz que a aplicação da linguagem comum-fisicalista ao dado imediato dos sentidos produz “erros filosóficos”. Essa aplicação afeta diretamente (mas não só) o tipo lógico-gramatical dor. Neste artigo busco descrever este tipo lógico-gramatical em seus constituintes fundamentais: intensidade, localização e característica. Investigo e me proponho a resolver, também, as dificuldades geradas pela aplicação mencionada, da linguagem comum ao dado imediato, relativas a este tipo. Para colocar em duas perguntas: como é possível verificar as sentenças acerca da dor? Como podemos nos expressar e sermos compreendidos nessa sensação dolorosa em nossa linguagem comum-fisicalista? Para tal fim, argumento contra a posição de D. Stern quanto a sua reconstrução da discussão e aprimoro a posição de Child.

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Biografia do Autor

Daniel Melo, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduando em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com formação complementar em Psicologia. Membro do grupo PET - Filosofia e editor-chefe da revista ConTextura. Foi o idealizador e organizador do evento Interseções: Filosofia e Sofrimento (2022) e do grupo de estudos sobre Metodologia Filosófica (2023). Concluiu, em 2022, uma iniciação científica onde investigou os conceitos de felicidade e sofrimento em Nietzsche. Seu principais interesses são: Nietzsche, ética, engenharia conceitual e filosofia das emoções.

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Publicado

24-12-2023

Como Citar

Melo, D. (2023). A GRAMÁTICA DA DOR EM WITTGENSTEIN. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 12(25), 273–302. https://doi.org/10.26512/pl.v12i25.48330

Edição

Seção

Artigos