A CONSTITUIÇÃO DO PÁTHOS ARISTOTÉLICO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v11i24.46359

Palavras-chave:

Eudaimonia. Páthos. Mesótes. Héxis.

Resumo

Aristóteles empreende, na Ética Nicomaquéia, uma reflexão de fundo prático acerca da melhor vida que se pode alcançar por meio da ação. Essa vida consiste em agir bem e viver bem, que se confunde com a vida eudaimônica. As emoções assumem grande protagonismo nessa doutrina porque são responsáveis pelas ações dos indivíduos, na medida em que estão relacionadas ao que é agradável e doloroso, pois os indivíduos tendem a agir segundo o prazer e evitar ações dolorosas.  O objetivo deste artigo é mostrar como Aristóteles explica que são formadas nossas emoções a partir de uma cooperação com a razão, envolvendo no princípio de cada emoção, uma compreensão acerca do que ela diz respeito. Essa explicação de Aristóteles conserva a esperança de correção da personalidade com vistas à obtenção da eudaimonia.

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Biografia do Autor

Daniel Barbosa Sales, Universidade de Brasília

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Amazonas (2010). Atualmente é docente - Secretaria de Estado de Educação. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, atuando principalmente nos seguintes temas: areté, pathos, eudainomia, cristianismo e frônesis.

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Publicado

26-06-2023

Como Citar

Barbosa Sales, D. (2023). A CONSTITUIÇÃO DO PÁTHOS ARISTOTÉLICO. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 11(24), 259–272. https://doi.org/10.26512/pl.v11i24.46359

Edição

Seção

Ensaios