POLÍTICAS DO ESQUECIMENTO NA ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v11i22.42242Palavras-chave:
Políticas do esquecimento. Abusos do esquecimento. Arquivo. Memórias desarquivadas. Arte contemporânea brasileira.Resumo
Enquanto as práticas memoriais e os estudos da memória são acusados por seus excessos em determinados contextos nacionais, é preciso encontrar outros modelos teóricos para compreender a posição que o Brasil ocupa no âmbito das políticas da memória na contemporaneidade. A este respeito, partiremos de duas premissas básicas: se existem excessos e abusos no panorama brasileiro, estes dificilmente recaem sobre a memória, mas antes sobre o esquecimento; e, ao invés de uma política da memória, talvez o mais apropriado seja falar em termos de “políticas do esquecimento” para a análise dos silêncios socialmente fundados ou institucionalizados, assim como do abandono e encobrimento de certas narrativas. A hipótese é de que os “abusos do esquecimento” são tematizados nesse cenário hoje, principalmente, por artistas que buscam seguir os rastros do que foi apagado da história oficial, desarquivando memórias impedidas e esquecimentos convenientes ao estabelecimento de falsos consensos que não significam paz social e muito menos justiça.
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