WALTER BENJAMIN E O CINEMA
os desafios de uma arte revolucionária na época de sua reprodutibilidade técnica
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v10i20.38748Palavras-chave:
Arte. Cinema. Técnica. Distanciamento. Inconsciente ótico. Aura.Resumo
Buscamos, no artigo que se segue, apresentar o cinema desenvolvido na URSS, desde o período pré-revolucionário até os anos de 1940, como o modelo da teoria sobre a arte cinematográfica de Walter Benjamin. Em especial, nos guiaremos pelo ensaio A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica, e apresentaremos algumas de suas influências, como Kracauer e Brecht. Em primeiro lugar, faremos um esboço geral das teses que consideramos mais importantes em A obra de arte... para o assunto aqui proposto. Em segundo lugar, nos debruçaremos sobre o uso da arte pelo fascismo e pelo capital, com a finalidade de elucidar os perigos em que uma arte de massas pode incorrer e as dificuldades que uma arte revolucionária deve enfrentar. Na terceira seção do desenvolvimento, passaremos por momentos específicos da obra de Benjamin, tentando elucidar os conceitos-chave, tomando como exemplo a arte cinematográfica soviética. Nesse momento, abordaremos o papel desempenhado pelo ator na arte cinematográfica, contrapondo-o ao do teatro; falaremos do papel do conceito de distanciamento para um engajamento ativo do espectador; por fim, passaremos pela ideia de um inconsciente ótico. À guisa de conclusão, apresentaremos uma consideração acerca das possibilidades emancipatórias de uma arte politicamente engajada.
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