O CONSEQUENCIALISMO KANTIANO DE DAVID CUMMISKEY NA FÓRMULA DA LEI UNIVERSAL
uma análise das divergências epistemológicas da ética consequencialista e da ética kantiana
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v9i18.30539Palavras-chave:
Kant. Consequencialismo. Ética. Cummiskey.Resumo
Neste artigo, busca-se reproduzir o primeiro argumento de David Cummiskey em Kantian Consequantialism e, em seguida, realizar uma avaliação crítica dele. Tal avaliação é realizada através de duas objeções que recorrem à epistemologia kantiana: a primeira objeção demonstra que o imperativo fornecido pelo autor recorre à empiria; a segunda explicita a condição contida no pressuposto do imperativo. Esta segunda objeção bifurca-se em dois argumentos: o primeiro é contra as intuições morais, e o segundo figura como um contraexemplo hipotético. Nesse sentido, exemplos e experimentos mentais são utilizados ao longo do texto como argumentos complementares. Conclui-se que a tentativa de um consequencialismo kantiano está em fundamental oposição com sua epistemologia e, portanto, deve ser rejeitada.
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