A construção da noção de intermediário no Corpus Platonicum João Francisco Pereira Cabral
Mots-clés :
Corpus Platonicum;, Hermenêutica;, LinguagemRésumé
Da mesma forma que entender no Fédon que a sabedoria ou o verdadeiro conhecimento só pode ser alcançada quando da separação entre alma e corpo, sendo a alma aquilo capaz de atingir essa verdade pura, podemos questionar se para entender o pensamento de Platão seria necessário separar o seu Corpus, ou seja, o conjunto de sua obra escrita, do pensamento que originou tais textos, ou seja, o pensamento puro do autor. A analogia é séria. Isso porque o estudo do Corpus sempre envolveu problemáticas de datação e até mesmo de autenticidade, entre outros fatores. Por isso, pretende-se aqui, na contramão de algumas exigências contemporâneas sobre especificidade, fazer uma discussão mais ampla sobre o problema do lógos em Platão. Para isso, utilizaremos alguns pontos dos diálogos Fédon, Crátilo, Banquete e Sofista que possam nos guiar nesse trajeto especulativo - hipotético sobre uma possível nova forma de interpretar a obra desse autor inaugural. Trata-se, neste momento, mais de levantar problemas e tentar discutí-los do que propriamente resolvê-los.
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