De rede à política pública

Ações reticulares no processo sociopolítico de regulação da economia solidária no Brasil

Autores

  • Joannes Paulus Silva Forte Universidade Estadual Vale do Acaraú

Palavras-chave:

Redes de movimentos sociais; Estado; Regulação; Economia Solidária; Políticas Públicas

Resumo

Analiso a institucionalização da Economia Solidária no Brasil, via regulação social e jurídica, no contexto da relação entre sociedade civil e Estado. A ação política do Movimento da Economia Solidária na relação entre sociedade civil e Estado, a composição reticular desse movimento e o crescente processo de institucionalização da Economia Solidária levaram-me à pergunta central deste artigo: como o Movimento da Economia Solidária se relaciona com o Estado no processo de regulação social e jurídica da Economia Solidária? Como resultado mais imediato, constatou-se que o Movimento da Economia Solidária é uma rede de redes constituída por organizações e sujeitos sociais ligados principalmente à Igreja Católica, às ONG’s, aos movimentos sociais, às universidades e ao aparelho estatal, que interagem e transitam entre sociedade civil e Estado. Esse trânsito revela a existência de um espaço público, entendido como esfera de debate e de expressão das diferenças que possibilita a luta democrática, entre o movimento e outros atores coletivos, pela criação de um marco jurídico nacional a fim de garantir o direito ao trabalho associado e de consolidar a Economia Solidária como política pública. Os recursos metodológicos utilizados foram conversas informais com integrantes do Movimento da Economia Solidária, entrevistas semiestruturadas com lideranças nacionais do movimento e com integrantes dos poderes legislativo e executivo federais, análise de documentos institucionais e observações nos espaços de discussão e de deliberação da Economia Solidária no Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joannes Paulus Silva Forte, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Professor Efetivo do Curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UEVA-CE). Bacharel
e licenciado em Ciências Sociais (UFC), Mestre em Sociologia (UFC) e doutorando em Ciências
Sociais (UNICAMP). Pesquisador Associado do Projeto Temático FAPESP Contradições do trabalho no
Brasil atual: formalização, precariedade, terceirização e regulação. Áreas de interesse: antropologia e sociologia do direito, políticas públicas; educação; e ensino de ciências sociais. 

Downloads

Publicado

2017-10-18

Como Citar

Forte, J. P. S. (2017). De rede à política pública: Ações reticulares no processo sociopolítico de regulação da economia solidária no Brasil. Mundo Do Trabalho Contemporâneo, 2(1), 112–142. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/mtc/article/view/7218

Edição

Seção

Debate Acadêmico