um convite à antropologia desenhada

Authors

  • Aina Guimarães Azevedo Universidade de Aberdeen

DOI:

https://doi.org/10.26512/mgraph.v1i1.50

Keywords:

Metalinguagem, Poéticas Contemporâneas

Abstract

Enquanto método de pesquisa e modo de exposição do conhecimento, o desenho ocupa um lugar subalterno, para não dizer invisível, na antropologia contemporânea. Nos primórdios da disciplina, o desenho figurava, ainda que timidamente, como um dos componentes metodológicos do trabalho campo e de apresentação dos resultados finais. Porém, com o advento da fotografia e do cinema, a história da moderna antropologia passa a ser contada através dessa feliz (?) coincidência tecnológica. Então, a pergunta que sublinha o desaparecimento quase completo do desenho é a seguinte: por que antropólogos se dariam ao trabalho de desenhar, se podem fotografar e filmar? 

A fim de responder a esta pergunta, o presente manifesto foi escrito como um convite à antropologia desenhada, o que significa, em primeiro lugar, uma abertura aodesenhar. A relação de poder  é bastante simples: primeiro é preciso saber que podemos desenhar. Estamos falando sempre de possibilidades, pois parece ser esta a tarefa mais importante em relação ao desenho na antropologia agora: abrir espaço para o desenhar e, em consequência, para o desenho.

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Author Biography

Aina Guimarães Azevedo, Universidade de Aberdeen

Bacharelada em Ciências Sociais (2004), mestra (2008) e doutora (2013) em Antropologia Social pela Universidade de Brasília, com estágio doutoral junto ao grupo Land Reform and Democracy in South Africa na University of Cape Town (2011). Tem experiência nas áreas de Antropologia da Imagem, dos Rituais e das Casas. Fez trabalho de campo na África do Sul com falantes de isiZulu. Atualmente (2015-16), se dedica ao pós-doutorado na University of Aberdeen onde pesquisa o desenho como metodologia na Antropologia, com ênfase na produção dos Diários Gráficos.

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Published

2016-03-27

How to Cite

Azevedo, A. G. (2016). um convite à antropologia desenhada. METAgraphias, 1(1). https://doi.org/10.26512/mgraph.v1i1.50