Estruturas interrogativas polares e informacionais na língua Zoró (família linguística Mondé, tronco Tupí)

Auteurs-es

  • Tiago Kapawandu Zoró
  • Quesler Fagundes Carmargos Universidade Federal de Rondônia

DOI :

https://doi.org/10.26512/rbla.v11i02.28508

Mots-clés :

Língua Zoró, Família Tupí-Mondé, Estruturas interrogativas

Résumé

Neste trabalho, apresentamos as propriedades gramaticais das estruturas interrogativas polares e informacionais na língua Zoró, a qual é falada pelo povo Pangyjej. Esta língua pertence à família linguística Mondé (tronco Tupí), que compreende as línguas étnicas dos povos Ikólóéhj-Gavião, Cinta Larga, Paiter-Suruí, Aruá e Salamãy. Em termos descritivos, pretendemos mostrar que, para as construções de perguntas polares, a língua disponibiliza a partícula interrogativa te, que, ao ocorrer no início da sentença, tem a propriedade de interrogar toda a sentença. A fim de interrogar algum constituinte da sentença, este, no entanto, deve se realizar à esquerda da partícula te. Nas construções informacionais, por sua vez, a língua apresenta ao menos duas partículas com valor de pronome interrogativo: (i) a partícula me tem função de questionar um referente humano ou não humano em posições argumentais e não argumentais, substituindo o sintagma nominal sobre o qual se interroga; e (ii) a partícula a, por sua vez, tem por objetivo interrogar um referente que pertença a um conjunto delimitado de entidades familiares, determinado previamente no contexto discursivo. Por fim, serão examinadas ainda construções de perguntas informacionais de longa distância, que se caracterizam pelo referente interrogado ser um constituinte interno de uma predicação encaixada.

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Tiago Kapawandu Zoró

Licenciando em Educação Básica Intercultural na Universidade Federal de Rondônia.

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Publié-e

2019-12-29

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Zoró, T. K., & Carmargos, Q. F. (2019). Estruturas interrogativas polares e informacionais na língua Zoró (família linguística Mondé, tronco Tupí). Revista Brasileira De Linguística Antropológica, 11(02), 23. https://doi.org/10.26512/rbla.v11i02.28508

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