Metáforas Xerente (Jê)

Authors

  • Rodrigo Guimarães Prudente Marquez Cotrim UFG

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbla.v8i1.16309

Keywords:

Linguística Antropológica

Abstract

As metáforas podem ser categorizadas em diferentes tipos: de imagéticas e conceituais a puramente linguísticas (Lakoff E Johnson 1980, Lakoff E Johnson 1999, Lakoff 1986, Lakoff 1987, Moura 2007). Podem ser estruturadas a partir de sensações físicas e psicológicas e, portanto, construídas através de noções cognitivas, corpóreas e emocionais. Em determinadas línguas, a experiência sensório-motora pode se gramaticalizar, expressando conceitos cognitivos mais abstratos de movimento, estado, espaço e tempo. Tendo isso vista, o presente trabalho objetiva categorizar metáforas do Xerente, língua brasileira pertencente ao tronco Macro-Jê, tais quais: (i) metáforas de partes, através das quais experiências física e psicológica podem ser expressas a partir de referentes para partes do corpo humano, de animais e plantas; (ii) metáforas de cores, as quais contribuem para a composição nominal; (iii) metáforas posicionais, cujos lexicais designam a posição de um corpo no espaço; (iv) metáfora de forma e aparência, caracterizada por nomes de qualidade que designam a forma de determinadas espécies animais e vegetais; e (v) metáfora de substância e função: nomes criados a partir das funções que desempenham. Conclui-se que as metáforas são um recurso cognitivo, linguístico e socialmente compartilhado. Elas se referem a conceitos mais ou menos abstratos e podem ser expressas por itens mais lexicais ou, ainda, se apresentar como itens gramaticalizados no sistema da língua. As metáforas, conforme será demonstrado, são criadas a partir de experiências cotidianas para conceituar objetos, seres, estados e experiências, conhecidos e vivenciados, tendo o corpo humano como o principal referente.

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References

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Published

2017-06-10

How to Cite

Cotrim, R. G. P. M. (2017). Metáforas Xerente (Jê). Revista Brasileira De Linguística Antropológica, 8(1), 35–45. https://doi.org/10.26512/rbla.v8i1.16309

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