As duas versões do Pano Reconstruído
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v14i1.46456Palavras-chave:
Família Pano, Proto Pano, Historiografia linguísticaResumo
O presente artigo apresenta uma análise contrastiva dos trabalhos de Shell publicados em 1965 e 1975, considerado pela maioria dos panoístas como a principal referência dos estudos da família e como se a segunda publicação fosse uma simples tradução da primeira. Após apresentar algumas informações biográficas e de contextualização das duas obras, demonstra-se que a maioria dos pesquisadores de línguas Pano têm usado Shell (1975) como referência principal. Na sequência, analisa-se as diferenças entre os dois textos, evidenciando mudanças substancias no quarto capítulo das publicações da autora que incidem sobre a reconstrução da terceira sílaba e do morfema de referência transitiva. O artigo encerra chamando a atenção para a importância dos pesquisadores da área darem mais atenção a importantes detalhes da tese de Shell (1965) e de se considerar a publicação de 1975 como uma revisão e ampliação da primeira publicação, com diferenças substanciais.
Downloads
Referências
AGUIAR, Maria Suelí. Análise descritiva e teórica do Katukina-Pano. 1994. 308f. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 1994.
BICKEL, Balthasar; NICHOLS, Johanna. 2007. Inflectional morphology. In: SHOPEN, Timothy (Ed.) Language Typology and Syntatic Description volume III: Grammatical Categories and the Lexicon, 2nd Ed. Cambridge University Press: Cambridge.
CAMPBELL, L. American Indian Languages: the historical linguistics of native America. New York: Oxford University Press, 1997.
_____. 2013. Historical Linguistics: an introduction. Edinburgh University Press, 3a Ed.
CÂNDIDO, Gláucia Vieira. Descrição morfossintática da língua Shanenawa (Pano). 2004. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2004.
______. Aspectos da Fonologia Marubo (Pano): Uma visão não-linear. 2000. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000.
FERREIRA, Rogério Vicente. Língua Matis: aspectos descritivos da morfossintaxe. 2001. Dissertação (Mestrado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2001.
______. Língua Matis (Pano): uma descrição gramatical. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2005.
FLECK, David W. A grammar of Matses. 2003. Tese (Doutorado em Linguística), Rice University, 2003.
______. Panoan languages and linguistics. New York: American Museum of Natural History, 2013.
GIRARD, Victor James. Proto-Takanan phonology. Berkeley: UCPL 70, 1971.
KNEELAND, Harriet. La frase nominal relativa en Mayoruna y su ambigüedad. In: Serie Lingüística Peruana, n. 11. p. 54-105. 1978.
LANES, Elder José. Aspectos da mudança lingüística em um conjunto de línguas Amazônicas: as línguas Pano. 2005. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
LARSON, Mildred L.; DAVIS, Patrícia M.; DÁVILA, Marlene Ballena (orgs.). Educación bilingue: una experiencia en la Amazonía Peruana. Lima: ILV. 1979.
LONGACRE, Robert E. Comparative Reconstruction of Indigenous Languages. In: Current Trends in Linguistics 4: Ibero-American and Caribbean Linguistics, pp. 320-360.
LOOS, Eugene. La señal de transitividad del sustantivo en los idiomas pano. In: Serie Lingüística Peruana, n. 10, p. 133-184, 1978a.
_____. La construcción del reflexivo en los idiomas panos. In: Serie Lingüística Peruana, n. 11. p. 160-261. 1978b.
_____. Algunas implicaciones de la reconstrucción de un fragmento de la gramática proto-pano. In: Serie Lingüística Peruana, n. 11. p. 262-282. 1978c.
______. Pano. In: DIXON, R. M. W.; AIKHENVALD, Alexandra Y. (Eds.). The Amazonian
languages. Cambridge: Cambridge University Press, 1999. p. 227-249.
SHELL, Olive Alexandra. Pano reconstruction. 1965. 534f. Tese (Doutorado em Linguística), University of Pennsylvania, 1965.
______. Las lenguas pano y su reconstrucción. Serie Linguística Peruana N. 12 Lima: ILV/MEd, 1975.
NEELY, Kelsy Caitlyn. 2019. The linguistic expression of affective stance in yaminawa (Pano, Peru). Disertación de doctorado en Linguística, University of California, Berkeley, California, EUA.
OLIVEIRA, Sanderson Castro Soares de. 2014. Contribuições para a reconstrução do ProtoPano. Tesis Doctoral, Universidade de Brasília.
PAULA, Aldir Santos de. A língua dos índios Yawanawa do Acre. 2004. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2004.
SOUSA, Gladys Cavalcante. Aspectos da fonologia da lingual Kaxarari. 2004. Dissertação
(Mestrado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2004.
SOUZA, Lívia Camargo Silva Tavares. Fonologia, morfologia e sintaxe das expressões nominais em Yawanawá (pano). 2013. 156f. Dissertação (Mestrado em Linguística), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
SPANGHERO-FERREIRA, Vitória Regina. 2000. Língua matis (Pano): uma análise fonológica. Tesis de Maestría.
_____. Estudo lexical da língua Matis: Subsídios para um dicionário bilingüe. 2005. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2005.
TALLMAN, Adam J. 2018. A Grammar of Chácobo, a Southern Pano Language of the Northern Bolivian Amazon. Tesis Doctoral, University of Texas at Austin.
VALENZUELA, Pilar. Transitivity in Shipibo Konibo Grammar. 2003. Tese (Doutorado em Linguística), University of Oregon, Oregon, 2003b.
VALENZUELA, Pilar M.; GUILLAUME, Atoine. 2017. Estudios sincrónicos y diacrónicos sobre lenguas Pano y Takana: una introducción. Amerindia 39.1: 1-49.
VALLE, Daniel. Grammar and information structure of Kakataibo. PhD dissertation, University of Texas at Austin. 2017.
ZARIQUIEY, Roberto. A grammar of Kashíbo-Kakataibo. 2011. Tese (Doutorado em Linguística), La Trobe University, Bundoora, Victoria, 2011.
_____. A grammar of Kakataibo. Berlin: Mouton de Gruyter. 2018.
_____. Bosquejo Gramatical de la Lengua Iskonawa. Boston: Latinoamericana Editores/CELACP/Revista de Critica Literaria Latinoamericana. 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Brasileira de Linguística Antropológica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na RBLA concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a divulgar seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.