The syntactic status of noun incorporation in the Tenetehára language (Tupí-Guaraní family)
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v13i01.38034Palavras-chave:
Tupí-Guaraní family, Tenetehára Language, Noun Incorporation, Minimalist ProgramResumo
Este artigo tem como objetivo propor uma análise teórica que explique o processo de incorporação nominal na língua Tenetehára (Tupí-Guaraní). Assim, procuramos responder à seguinte pergunta: com base nos pressupostos do Programa Minimalista (cf. Chomsky, 1993, 1995), qual é o traço formal responsável por motivar a incorporação nominal em Tenetehára? Consideramos dois tipos de incorporação nominal na lingua em análise, a saber: (i) predicados transitivos que se tornam verbos formalmente intransitivos à medida que o argumento interno é incorporado; e (ii) instâncias de estruturas possessivas em posições de argumento interno de verbos intransitivos e transitivos, a valência verbal é preservada, uma vez que apenas o nome possuído é incorporado. Quanto à sintaxe das incorporações nominais, com base em Baker (1988), lançamos bases para futuras investigações acerca desse fenômeno morfossintático dentro de uma abordagem minimalista (cf. Chomsky, 1993, 1995). Em suma, propomos que, na língua Tenetehára, a força motriz responsável pela incorporação do nome ao núcleo de um vP é o traço formal [+não individuado].
Downloads
Referências
Assmann, Anke, Doreen Georgi, and Philipp Weisser. 2012. A Minimalist analysis of possessor advancement Baker (1988) revisited. Proceedings of ConSOLE XIX. Leiden, South Holland.
Baker, Mark C. 1988. Incorporation: A Theory of Grammatical Function Changing. Chicago: University of Chicago Press.
Bobaljik, Jonathan. 1993. Ergativity and Ergative Unergatives. MIT working papers in linguistics 19:45-88.
Camargos, Quesler Fagundes. 2013. Estruturas causativas na língua Tenetehára: uma análise minimalista. Master’s dissertation, Federal University of Minas Gerais.
Camargos, Quesler Fagundes. 2017. Aplicativização, causativização e nominalização: uma análise unificada de estruturas argumentais em Tenetehára-Guajajára (Família Tupí-Guaraní). PhD thesis, Federal University of Minas Gerais.
Castro, Ricardo Campos, and Quesler Fagundes Camargos. 2018. Estruturas causativas, reflexivas, recíprocas e anticausativas na língua Tenetehára-Guajajára (Família Tupí-Guaraní). Revista Cadernos de Estudos Linguísticos da Universidade Estadual de Campinas 60(3):669-690.
Castro, Ricardo Campos. 2007. Interface morfologia e sintaxe em Tenetehára. Master’s dissertation, Federal University of Minas Gerais.
Castro, Ricardo Campos. 2013. O epifenômeno da alternância de valência na língua Tenetehára (Tupí-Guaraní). Revista da Anpoll 34:347-91.
Castro, Ricardo Campos. 2017. Morfossintaxe Tenetehára (Tupí-Guaraní). PhD thesis, Federal University of Minas Gerais.
Chomsky, Noam. 1981. Lectures on Government and Binding. Berlim and New York: Mouton de Gruyter.
Chomsky, Noam. 1993. A Minimalist Program for Syntactic Theory. In Ken Hale & Samuel Jay Keyser (Eds.), The View from Building 20, (pp. 1-52). Cambridge: The MIT Press.
Chomsky, Noam. 1995. The Minimalist Program. Cambridge: The MIT Press.
Duarte, Fábio Bonfim, and Ricardo Campos Castro. 2010. Incorporação nominal, inergatividade e estrutura causativa em Tenetehára. In Ana Suelly Arruda Cabral & Aryon Dall’Igna Rodrigues (Eds.), Línguas e Culturas Tupí. Brasília and Campinas: Curt Nimuendajú, pp. 43-62.
Duarte, Fábio Bonfim. 1997. Análise gramatical das orações da Língua Tembé. Master’s dissertation, University of Brasília.
Duarte, Fábio Bonfim. 2002. Negação e movimento do verbo na língua Tembé. In Ana Suelly Arruda Cabral & Aryon Dall’Igna Rodrigues (Eds.), Línguas indígenas brasileiras: fonologia, gramática e história. Belém: UFPA, pp. 374-84.
Duarte, Fábio Bonfim. 2003. Ordem dos constituintes e movimento em Tembé: minimalismo e anti-simetria. PhD thesis, Federal University of Minas Gerais.
Duarte, Fábio Bonfim. 2007. Estudos de morfossintaxe Tenetehára. Belo Horizonte: FALE/UFMG.
Duarte, Fábio Bonfim. 2013. Tenetehára: a predicate fronting Language. The Canadian Journal of Linguistics 57(3), 359-86.
Hale, Ken, and Samuel Jay Keyser. 1993. Aspect and the syntax of argument structure. Cambridge: The MIT Press.
Halle, Morris, and Alec Marantz. 1993. Distributed Morphology and the Pieces of Inflection. In Ken Hale & Samuel Jay Keyser (Eds.), The View from Building 20, (pp. 111-176). Cambridge: The MIT Press.
Klamer, Marian. 1998. A Grammar of Kambera. Berlim and New York: Mouton de Gruyter.
Laka, Itzar. 1993. Unergatives that assign ergatives, unaccusatives that assign accusatives. MIT working papers in linguistics 18:149-172.
Langacker, Ronald W. 1987. Nouns and verbs. Language 63(1), 53-94.
Mithun, Marianne. 1984. The evolution of noun incorporation. Language 60(4), 847-894.
Mufwene, Salikoko S. 1984. The count/mass distinction and the English lexicon. In David Testen & Veena Mishra (Eds.), Parasession on lexical semantics. Chicago: Chicago Linguistic Society, pp. 200-221.
Pavey, Emma L. 2010. The Structure of Language: An introduction to grammatical Analysis. Cambridge: Cambridge University Press.
Rodrigues, Aryon Dall’Igna. 1953. Morfologia do Verbo Tupi. Revista Letras 1:121-152.
Sadock, Jerrold M. 1980. Noun Incorporation in Greenlandic: A Case of Syntactic Word Formation. Language 56(2), 300-319.
Salas, Adalberto. 1992. El mapuche o araucano: fonología, gramática, y antología de cuentos. Madrid: Editorial MAPFRE.
Silva, Tabita Fernandes. 2010. História da língua Tenetehára: contribuição aos estudos histórico-comparativos sobre a diversificação da família Tupí-Guaraní do tronco Tupí. PhD thesis, University of Brasília.
Vieira, Márcia Maria Damaso. 2010. Os núcleos aplicativos e as línguas indígenas brasileiras. Revista de Estudos da Linguagem 18(1), 141-64.
Wisniewski, Edward J., Christopher A. Lamb, and Erica L. Middleton. 2003. On the conceptual basis for the count and mass noun distinction. Language and Cognitive Processes 18:583-624.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Brasileira de Linguística Antropológica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na RBLA concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a divulgar seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.