Conservação e inovação no campo léxico do parentesco: o caso do Mbyá e do Guaraní paraguaio (Tupí-Guaraní)

Autores

  • Wolf Dietrich

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbla.v6i1.21066

Palavras-chave:

Terminologia do parentesco. Mudança das estruturas semânticas. Guaraní antigo. Guaraní paraguaio moderno. Mbyá (Tupí-Guaraní).

Resumo

Os resultados do volume II do Atlas Lingüístico Guaraní-Românico (cerca de 300 mapas), focalizado na terminologia do parentesco da zona bilingue Guaraní-Espanhol do Paraguai e de partes adjacentes do Brasil e da Argentina, com a inclusão de oito pontos de exploração indígena, Mbyá e Avá-Nhandeva, mostram a manutenção da maior parte do sistema tradicional do parentesco horizontal e vertical nas línguas indígenas (denominação dos irmãos e irmãs, dos avós, dos filhos, netos, dos primos, sobrinhos, tios e sogros). O elemento próprio do sistema tradicional era e é a distinção entre termos não-relacionais e termos relacionais com respeito ao sexo do falante. No Guaraní paraguaio observa-se, porém, a perda de várias distinções tradicionais, entre a referência ao homem ou à mulher, entre irmãos maiores e menores; mudanças na distinção tradicionalmente precária entre ‘pai’ e ‘tio’, ‘filho’ e ‘primo’. A terminologia hierárquica mantém-se só no centro da família nuclear moderna.

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Publicado

2018-12-21

Como Citar

Dietrich, W. (2018). Conservação e inovação no campo léxico do parentesco: o caso do Mbyá e do Guaraní paraguaio (Tupí-Guaraní). Revista Brasileira De Linguística Antropológica, 6(1), 195–216. https://doi.org/10.26512/rbla.v6i1.21066

Edição

Seção

Artigos