Os sentidos de luta e a “ressurgência cultural” entre os Krenak

Autores/as

  • Walison Vasconcelos Pascoal Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.26512/interethnica.v20i2.10619

Palabras clave:

Krenak, lutas, história, artefatos.

Resumen

A experiência histórica do povo Krenak é marcada pela resistência aos diversos tipos de violência estatal que sofreram. Em suas narrativas a palavra luta é recorrente, e está relacionada a este processo de resistência. O texto investiga os diferentes sentidos que luta tem para os Krenak, e dá destaque ao tipo de luta que, ancorada em uma consciência histórica, orienta-se como projeto de futuro focado em aspectos propriamente culturais, como a língua e a religião, processo que alguns Krenak vem chamando de “ressurgência cultural”. A descrição deste processo será feita a partir de dados históricos e etnográficos levantados no âmbito de uma pesquisa colaborativa em curso para o registro dos conhecimentos associados à estátua sagrada dos Krenak.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Walison Vasconcelos Pascoal, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando Programa de Pós-Graduação em Antropologia- PPGAn - UFMG

 

Citas

BAETA, Alenice M. & MATTOS, Isabel M. “Arte Rupestre, Etno-História e Identidade Indígena no Vale do Rio Doce ”“ MG”. Revista de Arqueologia. São Paulo, v.8, n. 1, p. 303-320, 1994.

CAIXETA DE QUEIROZ, Carlos. A Construção de Uma Identidade: o caso das relações entre índios Krenak e brancos. Monografia de Conclusão do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais. Belo Horizonte: UFMG, 1992.

_______. Punição e Etnicidade: Estudo de uma “Colônia penal Indígena”. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia do Departamento de Sociologia e Antropologia. Belo Horizonte: UFMG, 1999.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Política indigenista no século XIX In: ______ (org.). História dos Ãndios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras: Secretaria Municipal de Cultura: Fapesp, 1992, p. 133-154.

CLASTRES, Pierre. Arqueologia da Violência: pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

COELHO DE SOUZA, Marcela Stockler. A cultura invisível: conhecimento indígena e patrimônio imaterial. Anuário Antropológico/2009. V.1, p.149-174, 2010.

COMERFORD, John Cunha. Fazendo a luta: sociabilidade, falas e rituais na construção de organizações camponesas. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Núcleo de Antropologia da Política, 1999.

DUARTE, Regina Horta. Olhares estrangeiros: viajantes no vale do rio Mucuri. Revista Brasileira de Hististória, São Paulo, v. 22, n. 44, p. 267-288, 2002. Disponível online: <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-01882002000200002>. Acesso em 18 de outubro de 2017.

ERENREICH, Paul. Ãndios Botocudos do Espírito Santo no século XIX. Vitória: Arquivo público do Estado do Espírito Santo, 2014 [1887].

GOMES, Breno Anselmo. Palavra de Makiãn: perspectivas sobre linguagem tradicional e nominação entre os Krenak. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ/Museu Nacional, 2016, 152 f.

GUIMARÃES, Núbia & PARAÃSO, Maria H. Krenak: os últimos botocudos de Minas Gerais. Comunicação apresentada à ANPOCS. Salvador, 1991.

MACHADO, Juliana Salles. Arqueologias Indígenas, os Laklãnõ Xokleng e os objetos do pensar. Revista de Arqueologia, v. 30, n. 1, p. 89-119, jul. 2017. ISSN 1982-1999. Disponível online: <http://www.revista.sabnet.com.br/revista/ index.php/SAB/article/view/504>. Acesso em: 18 out. 2017.

LEVI-STRAUSS, Claude. Guerra e Comercio entre os índios da América do Sul. In: SCHADEN, Egon (ed.). Leituras de Etnologia Brasileira. São Paulo, Companhia Editora Nacional, [1942] 1976. p. 325-339.

MISSÁGIA DE MATTOS, Izabel. Borum, Bugre, Kraí: Constituição social da identidade e memória étnica krenak. Belo Horizonte: UFMG. Dissertação de Mestrado. 1996.

_______. Civilização e Revolta: os Botocudos e a catequese na Província de Minas. Bauru: Edusc, 2004.

MOREL, Marco. Cinco Imagens e múltiplos olhares: ‘descobertas’ sobre os índios do Brasil e a fotografia do século XIX. História, Ciências, Saúde. Rio de Janeiro, v. 8, supl. p. 1039-1058, 2001. Disponível online: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010459702001000500013 Acesso em 17 de outubro de 2017.

NEHER, Clarissa. Museus europeus guardam, ao menos, 28 crânios de indígenas brasileiros. Uol notícias: Ciência e Saúde. Reportagem. 19 de março de 2017. Disponível online: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ ultimas-noticias/redacao/2017/03/19/cranios-de-indigenas-brasileiros-controverso-legado-colonial-alemao.htm>. Acesso em 17 de outubro de 2017.

NIMUENDAJU, Curt. Social organization and beliefs of the Botocudos of Eastern Brazil. In: Southwestern Journal of Anthropology. Vol. 2, Nº. 1. (Spring, 1946), p. 93-115.

RAMOS, Alcida Rita. Vozes Indígenas: o Contato Vivido e Contado. Anuário Antropológico 87. Brasília: NUPEC/UnB, p. 117-143, 1987.

SCHILLING, Karl. A vida de Quäck: professor sobre o encontro entre índio e príncipe alemão. Revista de História. Entrevista concedida a Ronaldo Pelli. 13 de maio de 2011. Disponível online: <https://web.archive.org/web/ 20120504145859/http://revistadehistoria.com.br/secao/entrevista/a-vida-de-quaeck>. Acesso em: 17 de outubro de 2017

WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

Publicado

2017-12-30

Cómo citar

PASCOAL, Walison Vasconcelos. Os sentidos de luta e a “ressurgência cultural” entre os Krenak. Interethnic@ - Revista de Estudios en Relaciones Interétnicas, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 87–108, 2017. DOI: 10.26512/interethnica.v20i2.10619. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/interethnica/article/view/10619. Acesso em: 23 nov. 2024.