Os moderninhos do sertão: A traição da tradição e o culto à modernidade
DOI:
https://doi.org/10.26512/interethnica.v14i1.15349Palavras-chave:
AntropologiaResumo
O presente trabalho discute a ideologia da sociedade moderna e como os países de terceiro mundo adotaram esses modelos ideológicos nos seus projetos nacionais. Esses modelos criam pedagogias que geram fronteiras internas e montam diferentes estratégias de performances na sociedade nacional. O caso brasileiro, com suas narrativas dualistas, montou uma ideologia híbrida, que se polariza em narrativas expressas em binaridades, como: moderno-tradicional, desenvolvido- subdesenvolvido, sertão-litoral, essa última oposição ó o foco apresentado aqui. O pensamento social no Brasil sempre representou o sertão como uma região concreta: Nordeste, Centro-oeste, Norte de Minas Gerais e partes do Sudeste foram ditos e vistos como sertão. É o caso também do estado de Goiás que desde as bandeiras foi representado como lugar vazio, fronteira a ser ocupada e civilizada, local de formas arcaicas de poder político, marcado por relações personalistas. Mas o sertão é uma região imaginada, não cartografada e construída discursivamente, de modo que as representações sobre o sertão são variadas. Contemporaneamente, em Goiás, as representações de modernidade querem deslocar o sertão para “mais além”. Através de um trabalho empírico com universitários goianos, pretende-se discutir as representações do moderno e do tradicional e como estas instá‚ncias estão imbricadas.Â
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