Narrando a edição:

escritores e editores na Trilogia obscena, de Hilda Hilst

Autores

  • Luciana Borges

Resumo

O presente artigo analisa a construção de personagens escritores, editores e leitores na Trilogia obscena, de Hilda Hilst. A partir da criação desses personagens e de seus desdobramentos, as narrativas da Trilogia empreendem um movimento de avaliação da literatura em termos de produção, circulação e valoração do texto literário. Desse modo, a obscenidade, inscrita como camada superficial do texto, termina por se tornar pano de fundo para uma discussão sobre o campo literário brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAÚJO, C. e FRANCISCO, S. “Nossa mais sublime galáxia: revoltada com o descaso, Hilda Hilst a maior escritora viva em língua portuguesa, resolve botar para quebrar e lança um livro porno-erótico; só tem medo que a levem a sério”. Jornal de Brasília. Brasília, 23 abr. 1989.

AZEVEDO FILHO, Denerval S. Holocausto das fadas: a trilogia obscena e o carmelo bufólico de Hilda Hilst. São Paulo: Annablume; Edufes, 2002.

BATAILLE, Georges. O erotismo. Trad. de Cláudia Fares. São Paulo: Arx, 2004.

______. A parte maldita. Precedida de A noção de despesa. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

BERGSON, Henri. O riso. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

CADERNOS DE LITERATURA BRASILEIRA ”“ Hilda Hilst, nº. 8. “Das sombras: entrevista com Hilda Hilst”. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 1999.

CASTELLO, José. “Hilda Hilst troca pornô por erotismo”. Entrevista. O Estado de São Paulo, Caderno 2. São Paulo, jun. 1992.

DIÁRIO DO POVO. “A amarga tarefa de criar num país sem letras e sem poesia”. Entrevista. Campinas, 27 mar. 1988.

FELINTO, Marilene. “Hilda Hilst, 69, pára de escrever: ‘está tudo lá’”. Folha de São Paulo, Ilustrada. São Paulo, 12 jun. 1999.

FRANCISCO, Severino. “Hilda Hilst e seus autógrafos obscenos”. Jornal de Brasília. Brasília, 24 out. 1991.

GRANDO, Cristiane (org.). Catálogo da Exposição O caderno rosa de Hilda Hilst. CEDAE, IEL, Unicamp, 01/03/2005 a 25/05/2005. Curadoria de Cristiane Grando.

HILST, Hilda. O caderno rosa de Lori Lamby. São Paulo: Globo, 2005.

______. Contos d’escárnio. Textos grotescos. São Paulo: Globo, 2002a.

______. Cartas de um sedutor. São Paulo: Globo, 2002b.

______. Bufólicas. São Paulo: Globo, 2002c.

______. A obscena Senhora D. São Paulo: Globo, 2001.

LAWARENCE, David Herbert. “Pornografia e obscenidad”, em PELLEGRINI, A. Pornografía y obscenidad: D. H. Laurence e Henry Miller. Buenos Aires: Nueva Visión, 1967.

MORAES, Eliane Robert. Da medida estilhaçada. , em Cadernos de Literatura Brasileira ”“ Hilda Hilst, nº. 08. São Paulo: Instituto Moreira Salles, out. 1999.

______. “A pornografia: palestra proferida no Café Filosófico CPFL”, exibido pela TV Cultura, 2004. Cultura Marcas, 1 dvd, 55 min.

PÉCORA, Alcir. “Nota do organizador”, em HILST, Hilda. O caderno rosa de Lori Lamby. São Paulo: Globo, 2005.

PROPP, Vladimir. Comicidade e riso. São Paulo: Ática, 1992.

QUEIROZ, Vera. Hilda Hilst: três leituras. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2000.

RIBEIRO, Leo Gilson. “Luminosa despedida”. Entrevista. Jornal da Tarde. São Paulo, abr. 1989.

ROSA, Leda. “Escritora vê a crise com humor e erotismo: farpas para todos os lados”. Entrevista a Hilda Hilst. Diário Popular. São Paulo, 24 set. 1992.

VASCONCELOS, A. L. “Entrevista a Hilda Hilst”. Diário Oficial do Estado. São Paulo, 04 ago. 1985.

WILLER, Cláudio. “O conflito entre a sociedade e o escritor”. Jornal da Tarde. Caderno de Literatura. São Paulo, 26 maio 1990.

WILLIAMS, Linda (ed.). Porn studies. Durham and London: Duke University Press, 2004.

Downloads

Publicado

01/03/2011

Como Citar

Borges, L. (2011). Narrando a edição:: escritores e editores na Trilogia obscena, de Hilda Hilst. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (34), 117–145. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9638

Edição

Seção

Seção Temática