Entre espelhos, máscaras, palcos e memórias: o jogo da representação em As horas nuas, de Lygia Fagundes Telles
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-4018567Palavras-chave:
representação, mulher, teatro, memória, criação literáriaResumo
Este artigo busca analisar uma das facetas do jogo de representação no romance As horas nuas (1989), de Lygia Fagundes Telles, a partir da construção da protagonista Rosa Ambrósio. Na recuperação do passado pelo exercício da memória, os papéis femininos por Rosa outrora desempenhados no teatro como atriz misturam-se ao seu repertório pessoal e descortinam a encenação de uma história de sujeição da mulher, suas tentativas de emancipação e a difícil arte de harmonizar a convivência nas esferas pública e privada. Nesse sentido, esses papéis corroboram tanto a relação da protagonista envelhecida com os membros de sua intimidade quanto desvenda a condição plural das mulheres no Brasil da década de 1980.
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