Em busca dos rastros perdidos da memória ancestral:
um estudo de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
DOI:
https://doi.org/10.1590/S2316-40182012000200003Resumen
O artigo se detém em uma refl exão teórica sobre o conceito de vestígios (traces), evocando os principais autores que o defi niram, como P. Ricoeur, C. Ginzburg, J.-M. Gagnebin, E. Glissant e S. J. Pesavento, entre outros, e introduzindo variantes terminológicas como “rastros”, “restos”, “resíduos”, “marcas” etc.. Leva-se em conta a importância desse conceito para repensar o trabalho da memória em textos literários contemporâneos e, em particular, no romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (Record, 2010), que se constitui em valioso exemplo de resgate da memória coletiva afro-brasileira, por meio de vestígios.
Descargas
Citas
ALLENDE, Isabel (2010). A ilha sob o mar. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
BERND, Zilá (org.) (2010). Dicionário das mobilidades culturais: percursos americanos. Porto Alegre: Literalis.
________ (2011). “Vestígios memoriais: fecundando as literaturas das Américas”. Conexão Letras, v. 6, n. 6, p. 9-16.
________ (org.) (2011). Antologia de poesia afro-brasileira: 150 anos de consciência negra no Brasil. Belo Horizonte: Mazza.
BOUCHARD, Gérard (2009). “Jogos e nós de memória: a invenção da memória longa nas nações do novo mundo”. Trad. Z. Bernd. In: LOPES, Cícero Galeno et al. (Orgs.). Memória e cultura: perspectivas transdisciplinares. Canoas: Salles/Unilasalle.
BRAUDEL, Fernand (1992). Escritos sobre a história. 2. ed. São Paulo: Perspectiva.
CHEVALIER, Jean ; GEERBRANT, Alain (1973). Dictionnaire des symboles. v. 1. Paris: Seghers.
FERREOL, Gilles ; JUCQUOIS, Guy (2003). “Transaction”. In : Dictionnaire de l’altérité et des relations interculturelles. Paris: Armand Colin.
FIGUEIREDO, Eurídice (2011). “Resiliência como resistência na escrita de Ana Maria Gonçalves”. In: BOLAÑOS, Aimée; ROJAS, Lady B. (Orgs.). Voces negras de las Américas: diálogos contemporâneos / Vozes negras das Américas: diálogos contemporâneos. Rio Grande: Editora da FURG.
GAGNEBIN, Jeanne-Marie (2002). “O rastro e a cicatriz: metáforas da memória”. Pro-posições, v. 13, n. 3 (39), p. 125-133. (Retomado em Lembrar escrever esquecer. 2. ed. São Paulo: Editora 34.)5
G AMA, Luís (2011). “Luís Gama” (on-line). Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Gama>. Acesso em: 24 set 2011.
GILROY, Paul (2008). O Atlântico negro. Rio de Janeiro: Candido Mendes; São Paulo: Editora 34.
GINZBURG, Carlo (2009). O fi o e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras.
________ (1989). “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”. In: Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. 2. ed. Trad. Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras.
GLISSANT, Édouard (1995). Introduction à une poétique du divers. Montreal: Presses de l’Université de Montreal.
GONÇALVES, Ana Maria (2010). Um defeito de cor. Rio de Janeiro: Record.
MOISÈS, Massaud (1982). Dicionário de termos literários. 3. ed. São Paulo: Cultrix.
NASSIF, Luís (2011). “Luísa Mahin e sua saga”. Portal Luís Nassif. Disponível em: <http://blogln.ning.com/profiles/blogs/luisa-mahin-e-sua-saga>. Acesso em: 25 set 2011.
PESAVENTO, Sandra (2007). “Sensibilidades: escrita e leitura da alma”. In: LANGUE, Frédérique (Org.). Sensibilidades na história: memórias singulares e identidades sociais. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
________ (2008). “Pensar com o sentimento, sentir com a mente”. In: RAMOS, Alcides Freire; MATOS, Maria Izilda Santos de; PATRIOTA, Rosangela (Orgs.). Olhares sobre a história. São Paulo: Hucitec; Editora da PUC-GO.
RICOEUR, Paul (2007). A memória, a história, o esquecimento. Trad. Alain François et al. Campinas: Editora da Unicamp.
TRACE /desconstrução (verbete). In: Wikipedia. Disponível em: .
TRACES (1963). Nouvelle Revue Française, v. 11, n. 129, p. 472-480.
WALTER, Roland (2009). Afro-América: diálogos literários na diáspora negra das Américas. Recife: Coleção Letras, PPG/Letras UFPE.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.