O desafio nos cordéis:
lutar com as palavras não é luta vã
Resumen
Neste artigo sobre a arte verbal do cordel, parte da pesquisa de doutorado O gênero do cordel sob a perspectiva crítica do discurso, examino a utilização das diversas vozes presentes em um texto. Esse recurso assume especial importância nos cordéis, para conferir maior dramaticidade a estes e, em consequência, prender a atenção do leitor/ouvinte. Para compreender esse mecanismo, utilizo-me do referencial da análise do discurso, na formulação de Fairclough e de Martin e Rose, e da Linguística Sistêmico-Funcional, como formulada por Halliday. Com base na comparação entre o uso do discurso direto e do discurso indireto, verifi ca-se o quanto a luta com palavras (semelhante à peleja e ao desafi o) confere vivacidade e dramaticidade à s narrativas em cordel.
Descargas
Citas
BAKHTIN, Mikhail (1997). Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes.
BARROS, Leandro Gomes de (s.d.). A peleja de Manoel Riachão com o Diabo.___
____ (1986). “O boi misterioso”. In: PROENÇA, Manoel Cavalcanti. Literatura popular em verso: antologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa.
______ (s.d.). O cavalo que defecava dinheiro. Edição de João Martins de Athayde (Ed. Proprietário), Recife.
BORGES. J. Francisco (s.d.). A moça que dançou depois de morta. Edição do autor, s.l.
BONFIM, J. B. B. (2009). O gênero do cordel sob a perspectiva crítica do discurso. Tese (Programa de Pós-Graduação em Linguística), Universidade de Brasília, Brasília.
FAIRCLOUGH, Norman (1995). Critical discourse analysis. Londres: Longman.
______ (2003). Analysing discourse. Londres: Routledge.
FERREIRA, Jerusa Pires. (1993). Cavalaria em cordel: o passo das águas mortas. 2. ed. São Paulo: Hucitec.
FOWLER, Roger (1993). Language in the news. Londres: Routledge.
GARCIA, Othon (2006). Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 26. ed. Rio de Janeiro: FGV.
HALLIDAY, M.A.K. (1994). An introduction to systemic functional grammar. Londres: Arnold.
______ (2004). An introduction to systemic functional grammar. Londres: Arnold.
LESSA, Orígenes (1982). Inácio da Catingueira e Luís Gama: dois poetas negros contra o racismo dos mestiços. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa.
MAINGUENEAU, Dominique (1997). Novas tendências em análise do discurso. 3ª ed. Campinas : Unicamp.
MARTIN, J. R. (2000). Design and practice: enacting functional linguistics. Annual Review of Applied Linguistics, v. 20, p. 116”“126.
______ (2004). “Positive discourse analysis: solidarity and change”. Revista Canaria de Estudios Ingleses, n. 49. p. 179-202. Disponível em: <http://www.ull.es/servicios/serviciopublicaciones/index.htm>. Acesso em: 22 fev. 2009.
MARTIN, J. R; ROSE, D. (2007). Working with discourse. New York: Continuum.
______ (2008). Genre relations: mapping culture. London: Equinox.
PACHECO, José (s.d.). A chegada de Lampião no Inferno. Edição do autor, s. l.
PERELMAN, Chain e OLBRECHTS-TYTECA, Luci (1996). Tratado da argumentação. São Paulo: Martins Fontes.
SANTOS, Apolônio Alves dos (1984). “O monstruoso crime de Serginho em Bom Jesus de Itabapoana”. In: SLATER, Candance. A vida no barbante. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.