O parricídio como espetáculo da violência:
O dia em que matei meu pai
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40183713Abstract
A voz narrativa em primeira pessoa no romance de Mario Sabino, O dia em que matei meu pai, constrói um universo composto por duas coordenadas: uma segue a lógica subjetiva do prazer/perversão em que os personagens descritos pelo narrador evidenciam sociopatologias como resultado de um contexto regido pela violência psicológica e pela amoralidade, e onde a dinâmica erótica é sempre tanática; a outra tem como eixo o componente espetacular desde onde os personagens pareceriam representar papéis construídos em base a estereótipos que provêm da cultura de massas. O assassinato do pai pelo protagonista e o modo como confessa o crime no começo do romance conjugam os dois valores centrais que encontramos na proposta estética do autor: o valor da violência e do espetáculo para a representação da sociedade contemporânea.
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References
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