Recriar o espaço de voz do poeta:
a memória entre dois mundos
Abstract
Poeta, cantador repentista, declamador, folheteiro, gravador que, após uma trágica enfermidade nas cordas vocais, torna-se pesquisador e escritor, José Alves Sobrinho foi um dos maiores poetas-cantadores nômades do Nordeste brasileiro. Seu nome está ligado ao período considerado a idade de ouro da cantoria e traz um testemunho privilegiado desse momento efervescente, marcado pela transição para as novas tecnologias da informação. Embrenhado nessa movência, na qual a palavra cantada perdia progressivamente espaço para a palavra impressa, José Alves soube, perspicazmente, recriar um espaço de diálogo entre a letra e a poesia. Acompanhando seu percurso artístico e intelectual, este estudo busca debruçarse sobre a capacidade criativa desse poeta e de seus pares, visando compreender a recriação das possibilidades necessárias à manutenção, difusão, adaptação e sobrevivência dessa arte.
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