A narrativa insurgente do hip-hop
Abstract
Este artigo enfoca o rap como produção literária de setores periféricos/excluídos que propõe novos encaminhamentos tanto para a noção de “arte” e “cultura” quanto para as nossas questões sociais e políticas objetivas. O rap faz parte da cultura popular brasileira numa nova fase, que enfrenta os desafios do fenômeno denominado globalização, a presença da indústria cultural e os avanços tecnológicos, o que permitiu a criação de uma nova e formidável forma de fazer arte bem no centro das tensões e contradições urbanas. A produção poética dos rappers oferece uma forma determinada a questionar as vozes hegemônicas na sociedade, com isso constituindo-se como uma narrativa insurgente, perturbando a ordem que mantém determinadas regiões da cidade (como as favelas, por exemplo) apartadas dos benefícios da “vida moderna”.
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