O parricídio como espetáculo da violência:

O dia em que matei meu pai

Autores

  • Aileen El-Kadi

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40183713

Resumo

A voz narrativa em primeira pessoa no romance de Mario Sabino, O dia em que matei meu pai, constrói um universo composto por duas coordenadas: uma segue a lógica subjetiva do prazer/perversão em que os personagens descritos pelo narrador evidenciam sociopatologias como resultado de um contexto regido pela violência psicológica e pela amoralidade, e onde a dinâmica erótica é sempre tanática; a outra tem como eixo o componente espetacular desde onde os personagens pareceriam representar papéis construídos em base a estereótipos que provêm da cultura de massas. O assassinato do pai pelo protagonista e o modo como confessa o crime no começo do romance conjugam os dois valores centrais que encontramos na proposta estética do autor: o valor da violência e do espetáculo para a representação da sociedade contemporânea.

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Referências

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SABINO, Mario (2004). O dia em que matei meu pai. Rio de Janeiro: Record.

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Publicado

07/27/2011

Como Citar

El-Kadi, A. (2011). O parricídio como espetáculo da violência:: O dia em que matei meu pai. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (37), 201–209. https://doi.org/10.1590/2316-40183713

Edição

Seção

Seção Tema Livre