Manicômios, pseudo(auto)biografias e narradores pouco confiáveis:
de Machado de Assis a Carlos Sussekind
Resumo
O artigo reflete sobre a questão do sujeito e da subjetividade nas obras de Machado de Assis e Carlos Sussekind. Examina-se a “dialética das escritas do eu”, relacionando três textos machadianos, O alienista, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, com os romances Armadilha para Lamartine e O autor mente muito, de Carlos Sussekind, no que diz respeito à s instâncias de autor e narrador, e no que se refere ao manicômio como “casa do poder”.
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