Signos que embaralham a visão:

identidade/alteridade no romance Budapeste, de Chico Buarque

Autores

  • Elizabete Sanches

Resumo

No romance Budapeste, Chico Buarque, na pele de José Costa, narrador-personagem em busca de sua própria identidade em meio à poluição de signos que povoa as cidades, discute com maestria a questão contemporânea acerca do processo de homogeneização cultural. O desejo de compreensão do diferente ”“ materializado no romance pela cidade de Budapeste e pela língua húngara ”“ estimula o ghost-writer brasileiro a se aventurar em viagens reais e ficcionais por cidades e por idiomas. O resultado de tal incursão é uma rica narrativa, aparentemente fácil e fluida, mas de fato densa e carregada de finas ironias, capaz de revelar ao leitor a enorme dificuldade que o homem tem de conviver com o Outro em um mundo denominado globalizado. O romance oferece rara oportunidade de se refletir, poeticamente, sobre a percepção que temos, estereotipada, na maioria das vezes, sobre culturas diferentes da nossa. 

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Referências

BUARQUE, Chico. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

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Publicado

01/13/2011

Como Citar

Sanches, E. (2011). Signos que embaralham a visão:: identidade/alteridade no romance Budapeste, de Chico Buarque. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (27), 137–149. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9095

Edição

Seção

Seção Tema Livre