A estratégia da revolta:

literatura marginal e construção da identidade

Autores

  • Ângela Dias

Resumo

Neste ensaio, pretendo testar o rendimento do conceito camuseano de revolta e de homem revoltado para pensar o estatuto político-existencial da literatura marginal, como movimento comprometido com a afirmação identitária das comunidades periféricas e engajado no seu autoreconhecimento como grupo, dotado de uma determinada cultura e de projetos coletivos. Além disso, a lógica interna do hibridismo inerente à linguagem heterogênea destes escritos balizará uma reflexão sobre a sua fatura estilística, a partir do contraponto entre o mero ecletismo e a tensão interna característica das mestiçagens criativas, segundo Serge Gruzinzki, em seu O pensamento mestiço.

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Referências

CAMUS, Albert. O homem revoltado. Trad. de Virgínia Motta. Lisboa: Edição Livros do Brasil, s/d.

FERREZ (org.). Literatura marginal: talentos da escrita periférica. Rio de Janeiro: Agir, 2005.

GRUZINSKI, Serge. O pensamento mestiço. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Cia.das Letras, 2001.

RODRIGUEZ, Benito Martinez. “Mutirões da palavra: literatura e vida comunitária nas periferias urbanas”. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, nº. 22. Brasília, jul. /dez. 2003, pp. 47-61.

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Publicado

01/13/2011

Como Citar

Dias, Ângela. (2011). A estratégia da revolta:: literatura marginal e construção da identidade. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (27), 11–21. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9088

Edição

Seção

Seção Temática