Aquém do Quarto de despejo:

a palavra de Carolina Maria de Jesus nos manuscritos de seu diário

Autores

  • Elzira Perpétua

Resumo

Quarto de despejo, em suas várias edições e traduções, a partir de 1960, levou ao Brasil e ao mundo a voz de Carolina de Jesus ”“ negra, moradora de favela, dois anos de escolaridade, mãe solteira de três filhos de pais diferentes. Por suas denúncias contra injustiças sociais e reivindicações de melhores condições de vida, a autora foi erigida como representante de uma classe até então sem voz direta. Tamanha é a força expressiva de sua linguagem que o organizador do diário, o jornalista Audálio Dantas, foi acusado, em várias ocasiões, de ter forjado o diário e até de ter inventado a existência de Carolina. O estudo dos manuscritos de Quarto de despejo nos possibilita trazer à tona essa discussão, e ouvir um pouco mais da voz de escritora. O cotejo dos originais com a obra publicada nos revela de que modo Carolina de Jesus se estruturou como sujeito discursivo em seus cadernos, num perfil ideologicamente distinto daquele em que ela se transformou com a publicação do livro.

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Referências

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Publicado

01/19/2011

Como Citar

Perpétua, E. (2011). Aquém do Quarto de despejo:: a palavra de Carolina Maria de Jesus nos manuscritos de seu diário. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (22), 63–83. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/8944

Edição

Seção

Seção Temática