Banzeiro òkótó: um chamado ao reflorestamento decolonial das subjetividades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40187403

Palavras-chave:

banzeiro; òkótó; futuro ancestral; Amazônia; floresta; subjetividade.

Resumo

O artigo examina a obra Banzeiro òkòtó: uma viagem à Amazônia centro do mundo, de Eliane Brum (2021) — a partir das ideias de futuro ancestral, do pensador indígena Ailton Krenak, da disputa contemporânea sobre a memória do passado e da herança colonial — e a discussão sobre a subjetividade e a desconstrução da concepção cartesiana de corpo e mente como instituições separadas e hierarquicamente estabelecidas. A partir desses pontos, o trabalho busca compreender a ideia de “amazonizar-se” proposta pela autora e as implicações dessa mudança de concepção subjetiva em um projeto de descolonização e aproximação dos povos da floresta.

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Publicado

11/28/2024

Como Citar

Frederico, G. (2024). Banzeiro òkótó: um chamado ao reflorestamento decolonial das subjetividades. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (74). https://doi.org/10.1590/2316-40187403

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