Banzeiro òkótó: um chamado ao reflorestamento decolonial das subjetividades
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40187403Palavras-chave:
banzeiro; òkótó; futuro ancestral; Amazônia; floresta; subjetividade.Resumo
O artigo examina a obra Banzeiro òkòtó: uma viagem à Amazônia centro do mundo, de Eliane Brum (2021) — a partir das ideias de futuro ancestral, do pensador indígena Ailton Krenak, da disputa contemporânea sobre a memória do passado e da herança colonial — e a discussão sobre a subjetividade e a desconstrução da concepção cartesiana de corpo e mente como instituições separadas e hierarquicamente estabelecidas. A partir desses pontos, o trabalho busca compreender a ideia de “amazonizar-se” proposta pela autora e as implicações dessa mudança de concepção subjetiva em um projeto de descolonização e aproximação dos povos da floresta.
Downloads
Referências
AUGÉ, Marc (1994). Não lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Tradução: Maria Lúcia Pereira. Campinas: Papirus.
BRASIL (2014). Comissão Nacional da Verdade. Relatório II. Rio de Janeiro: Comissão Nacional da Verdade.
BRUM, Eliane (2021). Banzeiro Òkòtó: uma viagem à Amazônia centro do mundo. São Paulo: Companhia das Letras.
BUCCI, Eugenio (2021). A superindústria do imaginário: como o capital transformou o olhar em trabalho e se apropriou de tudo o que é visível. Belo Horizonte: Autêntica.
CABRAL, Amilcar (1977). In: ANDRADE, Mário Pinto de (org.). Obras escolhidas. Lisboa: Seara Nova. v. 2.
CASTRO, Viveiros (2017). Os involuntários da pátria. Belo Horizonte: Edições Chão da Feira.
CHIZIANE, Paulina (2008). O alegre canto da perdiz. Alfragide: Caminho.
DESCARTES, René (1986). Meditazioni metafisiche sulla filosofia prima. In: DESCARTES, René. Opere filosofiche. Bari: Laterza. v. 2.
ENCICLOPÉDIA TRECCANI. Speranza. Enciclopédia Treccani. Disponível em: https://www.treccani.it/vocabolario/speranza/. Acesso em: 21 jun. 2024.
FONSECA, Deodoro (1891). Mensagem dirigida ao Congresso Nacional pelo Presidente da República dos Estados Unidos do Brazil em 15 de junho de 1891. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242715. Acesso em: 31 maio 2024.
FREDERICO, Graziele (2022). Narrar o Alzheimer brasileiro sobre a ditadura militar: literatura e memória na obra de B. Kucinski. Tese (Doutorado) – Università degli Studi di Milano, Milão.
GALIMBERTI, Umberto (2018). Il corpo. Milão: Giangiacomo Feltrinelli.
KRENAK, Ailton (2022). Futuro ancestral. São Paulo: Companhia das Letras.
LAMARQUE, Vivian (2022). L’amore da vecchia. Milão: Mondadori Libri.
MAYER, J. M. Dicionário histórico biográfico brasileiro. Brasil: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/RONDON,%20C%C3%A2ndido.pdf. Acesso em: 31 maio 2024.
MIGNOLO, Walter (2011). The darker side of western modernity: global futures, decolonial options (Latin America otherwise). Duke: Duke University Press.
SUDAM EM REVISTA. n. 2, out.-nov. 1971.
VALENTE, Rubens (2017). Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura. São Paulo: Companhia das Letras.
THUNBERG, Greta (2019). Our house is on fire. World Economic Forum. Disponível em: https://awpc.cattcenter.iastate.edu/2019/12/02/address-at-davos-our-house-is-on-fire-jan-25-2019/. Acesso em: 31 maio 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Graziele Frederico
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons de Atribuição-Não Comercial 4.0, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.