Da legibilidade das catástrofes em nosso tempo: uma tarefa de restituição
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40187307Palavras-chave:
poesia brasileira contemporânea; imagem; memória; catástrofe.Resumo
Neste ensaio reflito sobre as tarefas da crítica poética em sua importância para a legibilidade das catástrofes. Por meio da leitura de “Poema para a catástrofe do nosso tempo”, de Alberto Pucheu (2020a), e das teorias memória e imaginação de Georges Didi-Huberman (2018a; 2018b), circunscrevo uma tarefa de restituição, que se opera diante dos negacionismos e apagamentos das violências históricas. Considerando a teoria benjaminiana do conhecimento (Benjamin, 2012; 2020b) e seus desenvolvimentos em Didi-Huberman, tomo o poema como uma montagem crítica de nosso tempo, em que o poeta justapõe diferentes paradigmas de legibilidade dos processos de extermínio que se deram no Brasil e que culminam na pandemia de COVID-19.
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