A nova arca de Noé: os animais e a desaprovação da civilização na obra de Lygia Fagundes Telles

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40186213

Palavras-chave:

Lygia Fagundes Telles, ficção, bestiário, condição humana

Resumo

Este artigo considera o modo como os animais são apresentados na escrita de Lygia Fagundes Telles, avaliando opções temáticas como a solidão, a crueldade ou o pessimismo. O estudo analisa a significativa função do bestiário em suas obras, nas quais a autora usa os animais falantes, fantásticos e simbólicos para oferecer-nos um retrato crítico de uma rica e complexa sociedade burguesa, povoada por uma grande variedade de personagens. Além disso, o estudo analisa a originalidade dos romances e contos de Telles, dando destaque à constante presença de animais literários como um mecanismo ficcional, como uma representação simbólica da sociedade e como uma via para questionar o valor das normas sociais, dos princípios éticos e da nossa própria invenção como seres civilizados, destacando o mundo antinatural que criámos para nós próprios.

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Publicado

04/12/2021

Como Citar

Teixeiro, A. M. . (2021). A nova arca de Noé: os animais e a desaprovação da civilização na obra de Lygia Fagundes Telles . Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (62), 1–13. https://doi.org/10.1590/2316-40186213