Confusões de escala e espelhamentos em Instantâneo da desmedida, de Vilma Arêas
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40186211Palavras-chave:
mise en abyme, museu imaginário, Vilma Arêas, Um beijo por mêsResumo
Este artigo busca analisar o espelhamento presente em Instantâneo da desmedida, penúltimo texto de Um beijo por mês (2018), de Vilma Arêas. Ao criar uma personagem que, em visita a uma galeria de arte, depara-se com fotografias de diferentes escalas, a autora possibilita um jogo abismal capaz de gerar reflexões em torno da própria arte literária, uma vez que o arranjo dos objetos articula ocorrências que perturbam a espectadora, confundindo-a quanto à real escala das cenas e espaços, tais como os “instantâneos” do volume de Arêas. Com base nessas considerações, salientamos a mise en abyme como uma das bases de produção da escrita de Vilma Arêas. Para tanto, lança-se aqui a proposta de uma análise possível ao texto mencionado a partir das formulações de Lucien Dallenbach (1979; 1977; 1972), entre outros teóricos. Ademais, as reflexões de André Malraux (2006; 1996) acerca do museu imaginário auxiliarão na discussão.
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