O conflito apocalíptico em Assunção de Salviano, de Antonio Callado
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40185719Palavras-chave:
literatura, imaginário, cristianismo, comunismoResumo
Qual o papel da arte na formação do imaginário? Uma certeza indubitável é o fato de que nela se podem vislumbrar imagens novas, potencialmente instauradoras da renovação dos arquétipos inconscientes. Seguindo uma descrição detalhada dos últimos capítulos de Assunção de Salviano, de Antonio Callado, o intuito principal desta investigação é mostrar como a arte literária institui e renova as imagens do sagrado, sobretudo dos arquétipos do Cristo e do Anticristo. À luz da hermenêutica do imaginário de Gilbert Durand, da correlação entre o mundo alquímico dos símbolos e as experiências e conhecimentos da psicologia do inconsciente de Carl Gustav Jung, e ainda, a partir da criatividade onírica de Gaston Bachelard, foca-se na análise da travessia da personagem Salviano após sua conversão religiosa cristã e seu “grande conflito” com o líder do Partido Comunista. Desvenda-se, então, o efeito da arte literária na fabricação de novas imagens dos arquétipos inconscientes manifestados pela ação do entrechoque entre o imaginário comunista e o imaginário da doutrina cristã do paraíso perdido
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