Literatura e infância:
entre filosofia, história e “despropósitos”
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40184611Resumo
Neste estudo, sublinham-se algumas reflexões no âmbito da relação entre literatura, infância e experiência. De modo específico, almeja-se pensar sobre a dimensão filosófica da linguagem em diálogo com obras literárias contemporâneas que trazem ao primeiro plano a infância. Por um lado, opera-se uma reflexão sobre a relação entre ficção e infância, com especial ênfase na produção protagonizada por personagens crianças e em sua capacidade de ver a realidade por outra perspectiva, de filosofar. Por outro, enfatiza-se o exame de estratégias literárias capazes de causar estranhamento em relação ao caráter descritivo e comunicativo da linguagem cotidiana. Para desenvolver o exame, privilegiam-se as seguintes obras: Exercícios de ser criança (1999) e Memórias inventadas: a infância (2003), de Manoel de Barros.
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