Remanescentes de Floresta Ombrófila Densa Primária com Ocotea catharinensis na Ilha de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562023e43923Palavras-chave:
fragmentos, mata atlântica, Florianópolis, Floresta maduraResumo
A Floresta Ombrófila Densa ocupa 21.800 hectares, ou 51,6% da área total da Ilha de Santa Catarina (ISC), no município de Florianópolis. Contudo, há poucas áreas com remanescentes da floresta primária. A fragmentação da vegetação na Ilha, levou espécies como Ocotea catharinensis Mez, provavelmente das mais comuns antes da chegada dos colonizadores, correspondendo a 1/3 das espécies arbóreas da floresta no Estado, quase a extinção. Até o fim da década de 1970 cerca de 80% das planícies e morrarias da Ilha estavam devastadas. Ao longo da sua história de uso e ocupação do espaço geográfico, além da agricultura, principal causa do desmatamento, também houve extração de espécies para a lenha e arbóreas de valor econômico. O objetivo principal desse trabalho é a identificação e mapeamento de fragmentos de floresta primária na ISC, em especial com Ocotea catharinensis Mez, espécie bioindicadora. Através de caminhamento em campo ao longo de 300 km, foram mapeadas e identificadas árvores adultas com mais de 20 cm de DAP e cerca de 20 metros de altura. Como resultado, foram mapeados 72,8 hectares de remanescentes de mata primária na Ilha de Santa Catarina para a região sul e central da Ilha, com 415 indivíduos de Ocotea catharinensis Mez e também outras espécies. No total foram observadas 26 famílias e 33 espécies arbóreas de estágio climácico. A importância desses remanescentes primários se dá como corredores de biodiversidade para conexão dos fragmentos de norte, centro e sul da Ilha. Mantendo essa vegetação conectada diminui-se o risco da erosão genética, em especial com espécies da floresta primária, pois essas são as matrizes para a regeneração e sucessão florestal.
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