CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO TOPO DO SOLO EM ÁREAS DE PLANTAÇÕES DE EUCALYPTUS SPP. E MATA ATLÂNTICA NO CAMPO DAS VERTENTES – MG
Palavras-chave:
Qualidade dos Solos, Fauna dos Solos, Processos Ecossistêmicos, Interação Solo e Serapilheira, Nutrientes dos SolosResumo
As intensas ações antrópicas causam impactos negativos nos ecossistemas. Dentre as atividades desenvolvidas, inclui-se a monocultura, que sob a ótica da geoecologia, age como um fator de redução da biodiversidade. Neste contexto, as análises relacionadas aos processos responsáveis sobre o funcionamento dos ecossistemas, surgem como alternativa para avaliar os níveis de perturbações ambientais. Haja visto a grande importância dos processos que ocorrem durante a constante interação entre solo e serapilheira, para os ecossistemas, este estudo pretendeu mensurar a qualidade do solo em áreas que apresentam distintas coberturas vegetais, visando mensurar a influência da serapilheira depositadas nestas áreas, sobre a qualidade do topo do solo (0 – 40 cm). Para tal, foram realizadas análises relacionadas às características químicas e físicas do topo dos solos das áreas amostrais. As coletas das amostras foram realizadas em três áreas de plantações de eucaliptais e uma área controle composta por vegetação heterogênea, localizada em área de Floresta Estacional Semidecidual. O topo dos solos das áreas amostrais são ácidos, distróficos com valores para soma de bases trocáveis (SB) abaixo de 1,2 cmolc/dm³, e o índice de saturação de bases (V) menor que 25%. Os solos da área controle, apresentaram alta saturação de alumínio (m > 50%), característica de solos álicos. Enquanto os solos das áreas de eucaliptais apresentaram baixa saturação em alumínio (m < 50%), característica de solos ácricos. Os solos amostrados apresentaram baixa Capacidade de Troca Catiônica Efetiva, CTC (t). Os solos da área controle apresentaram menor capacidade de retenção de P, demonstrando alto valor para a taxa de fósforo remanescente no solo (P-rem). Quanto às caraterísticas físicas do topo do solo, as amostras da área controle apresentaram textura arenosa, e das áreas eucaliptais, textura argilosa. A área controle apresentou predominância de agregados dos solos maiores que 2 mm (Teste t- de Student, p < 0,05). No geral, os atributos químicos e físicos do topo dos solos encontrados neste estudo não se diferenciaram muito entre as áreas estudadas, tal fato pode ser explicado pela profundidade de solo amostrada, na qual a influência da serapilheira já não seja tão grande como nos primeiros 5-10 centímetros dos solos.
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