Formação cidadã e educação política: princípios para uma educação geográfica contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562020e40260Palavras-chave:
conhecimento geográfico, pensamento complexo, aprendizagem significativa, currículo nômade, formação de professoresResumo
Neste artigo apresentamos algumas considerações de caráter teórico com relação aos desafi os da educação geográfi ca no Brasil e suas metas para a formação de cidadãos. Considerada, como pressuposto em nossa análise, a existência de uma dessincronia entre o potencial teórico da geografi a e o poder formativo da educação geográfi ca, estabelecemos como nosso objetivo a análise do papel do conhecimento produzido pela ciência geográfi ca para a formação do cidadão crítico, ativo e participativo, consideradas as suas conexões com o espaço escolar. Para tal, recorremos a algumas importantes contribuições, as quais enumeramos como três proposições que estruturam o artigo. A primeira diz respeito à teoria da complexidade de Edgard Morin que contribui para pensarmos sobre os limites vividos por este campo disciplinar e as possibilidades para avançarmos do Ensino da Geografi a à Educação Geográfi ca. A segunda proposição complementa a primeira, dando destaque à apreensão da educação geográfi ca em suas articulações com a realidade do aluno e a formação de cidadãos críticos e ativos, ancorada na teoria da aprendizagem signifi cativa e na teoria do currículo nômade. Por fi m, a terceira consideração remete à formação de professores e à necessidade de formulação e implementação de políticas de valorização da profi ssão docente, a exemplo do PIBID. As três proposições enunciadas se entrecruzam estabelecendo um conjunto articulado de considerações essenciais para que possamos no Brasil superar o chamado paradoxo da geografia.
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