Escala e escala política: como a geografia pode apontar a fragilidade na teoria da democracia participativa
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562020e40185Palavras-chave:
modelos de democracia, geografia política, epistemologia da geografia, democraciaResumo
O conceito de escala é, sem dúvida, um dos mais importantes para as análises geográficas. Apesar de alguns textos já considerados clássicos na Geografia brasileira abordarem o tema, é sempre importante revisitá-lo e atualizá-lo constantemente, a fim de não naturalizar um conceito que possui uma complexidade epistemológica e ontológica que não pode ser esquecida. O objetivo central desse artigo é trazer o debate da escala para diferenciá-la da ideia de escala política e demonstrar como sua importância dentro da Geografia pode ajudar a pensar os modelos de democracia, especialmente a democracia participativa. A partir da defesa da escala política como uma categoria da prática e mediadora da ação e da intenção, o artigo demonstra que a base teórica da democracia participativa erra ao naturalizar características políticas para as escalas políticas, correndo o risco de despolitizar fenômenos que são, acima de tudo, construções sociais.
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