OS NOVOS DESAFIOS DAS POPULAÇÕES AGROEXTRATIVISTAS NA AMAZÔNIA DIANTE DA INSTALAÇÃO DA EMPRESA SUZANO PAPEL E CELULOSE NA REGIÃO TOCANTINA MARANHENSE
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562018e40119Palavras-chave:
Amazônia Maranhense, empresas hegemônicas, monocultivos de eucalipto, populações agroextrativistasResumo
O presente texto pretende discutir os processos de resistência de populações agroextrativistas na microrregião de Imperatriz – MA, denominada de Região Tocantina Maranhense, notadamente, trabalhadores rurais e quebradeiras de coco, diante das estratégias empresariais em curso na região. Destaca-se, em especial, a ação da empresa Suzano Papel e Celulose, inaugurada em 2014, no município de Imperatriz (MA). A ação empreendida pela empresa indica que aumentará vertiginosamente a procura por matéria-prima derivada dos monocultivos de eucaliptos e a eliminação da vegetação original de cerrados e de fl oresta equatorial, com ameaças à permanência dos modos de vida das comunidades agroextrativistas locais. Observa-se que a instalação desse complexo agroindustrial vem produzindo importantes impactos ambientais e socioespaciais nas diversas comunidades agroextrativistas da região. Além disso, projeta-se também o acirramento dos confl itos agrários envolvendo, de um lado, a própria Suzano, as empresas do agronegócio, os madeireiros, os grileiros e as mineradoras e, de outro, as comunidades camponesas agroextrativistas, que possuem intensos usos dos espaços onde hoje expande a produção de monocultivos de espécies vegetais arbóreas não originárias do Brasil.
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