VARIÁVEIS SOCIOECONOMICAS E O RISCO RELATIVO POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO MUNICIPIO DE SÃO PAULO

Autores

  • Priscilla Venâncio Ikefuti Avenida Professor Lineu Prestes, 338, Laboratório de Cartografia Universidade de São Paulo, São Paulo
  • Ligia Vizeu Barrozo Avenida Professor Lineu Prestes, 338, Laboratório de Cartografia Universidade de São Paulo, São Paul

Palavras-chave:

AVC, Geografia Espacial, Fator Socioeconômico, São Paulo

Resumo

Com a transição epidemiológica no Brasil, as doenças crônicas passaram a ser responsáveis pelo maior número de óbitos entre homens e mulheres. Entre os componentes que definem o estado de saúde humana, alguns do contexto geográfico, como clima local e fatores socioeconômicos, parecem influenciar na mortalidade por doenças do aparelho circulatório, tais como no acidente vascular cerebral (AVC). Os fatores socioeconômicos da população estão fortemente associados com a mortalidade. O objetivo principal deste estudo é verificar a influência dos fatores socioeconômicos na mortalidade por doenças do aparelho circulatório (AVC) no município de São Paulo, no período de 2006 a 2009. Foram calculados os riscos relativos (RR) e agrupamentos espaciais no programa SatScan e mapeados no ArcGis. A correlação linear entre o RR e as variáveis socioeconômicas foi calculada para verificar a associação entre as variáveis. A renda per capita obteve o maior valor de correlação (0,63); o valor positivo da correlação indica que quanto mais pessoas ganhando pouco maior o risco relativo da mortalidade por AVC. Espacialmente e estatisticamente foi possível observar uma relação entre a mortalidade por AVC e algumas variáveis socioeconômicas no município de São Paulo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ATLAS AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. (2012). In: http:// atlasambiental.sp.gov.br.

BARROZO, L. V.; MIRANDA, M. J. (2010). Geografia da mortalidade em São Paulo. In SALDIVA, P. H., et al. Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles. Ex Libris, São Paulo: p. 172-185.

BASSANESI, S. L.; AZAMBUJA, M. I.; ACHUTTI, A. (2008). Premature Mortality due to Cardiovascular Disease and Social Inequalities in Porto Alegre: from Evidence to Action. Arq Bras Cardiology, v. 90, n. 6, p. 370-379.

BENNETT, S. (1996). Socioeconomic Inequalities in coronary heart disease and stroke mortality among Australian men, 1979-1993. Internacional Journal of Epidemiology, v. 25, n. 2, p. 266-275.

COX, A. M.; MCKEVITT, C.; RUDD, A. G.; WOLF, C. D. A. (2006). Socioeconomic status and stroke. The Lancet Neurology, v. 5, p. 181-88.

DRUMOND, M. (1999). Desigualdades socioespaciais na mortalidade do adulto no município de São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 1, n. 1/2, p. 34-49.

GALOBARDES, B.; SHAW, M.; LAWLOR, D.; LYNCH, J.; SMITH, G. (2006). Indicators of socioeconomic position (part 1 and 2). Journal of Epidemiology Community Health, v. 60, p. 95-101.

IBGE. Primeiros Resultados do Censo Demográfico 2010. (2011). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diário Oficial da União, Brasília.

KULLDORFF, M. (2010). SatScan User Guide. In: http://www.satscan.org/

KUNST, A,; RIOS, M.; GROENHOF, F.; MACKENBACH, J. (1998). Socioeconomic inequalities in stroke mortality among midlle-age men. An international overview. Stroke, v. 29, p. 2285-2291.

LAVADOS, P. M.; HENNIS, A. J. M.; FERNANDES, J. G.; MEDINA, M. T.; LEGETIC, B.; HOPPE, A.; SACKS, C.; JADUE, L.; SALINAS, R. (2007). Stroke epidemiology, prevention, and management strategies at a regional level: Latin America and the Caribbean. The Lancet Neurology, v. 6, p. 362-372.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portal da Saúde. (2012). In: www.portaldasaude.saude.gov.

ROCHA, S. (2006). Pobreza e indigência no Brasil: algumas evidências empíricas com base no PNAD 2004. Nova economia, Belo Horizonte, v. 16, p. 265-299.

ROCHA, S. (2013). Pobreza no Brasil: a evolução a longo prazo (1979-2011). Estudos e Pesquisas, n. 42; XXV Fórum Nacional.

SAMPAIO SILVA, R. (2001). O monitoramento da qualidade do ar. In TARIFA, J. R.; AZEVEDO, T. R. (org.) Os climas na cidade de São Paulo: teoria e prática. Universidade de São Paulo, São Paulo: 145-154.

SICHIERI, R.; LOLIO, C. A; CORREIA, V. R.; EVERHART, J. E. (1992). Geographical patterns of proportionate mortality for the most common causes of death in Brazil. Revista de Saúde Pública, v. 26, n. 6, p. 424-430.

SMITH, K. R.; EZZATI, M. (2005). How environmental health risks change with development: The epidemiologic and environmental risk transitions revisited. Annual Review Environmental Resource, v. 30, p. 291-333.

SOUZA, A. G. (2012). Distribuição especial da mortalidade por acidente cerebral vascular e fatores socioeconômicos nos distrito da cidade de São Paulo, Brasil. 54f. Dissertação (Mestrado em Medicina) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo.

SPENCE, J. D.; BARNETT, H. J. M. (2013). Acidente vascular cerebral: prevenção, tratamento e reabilitação. Porto Alegre: AMGH, 139p.

STEELAND, K.; HU, S.; WALKER, J. (2004). All-cause and cause-specific mortality by socioeconomic status among employed person in 27 US states, 1984-1997. American Journal of Public Health, v. 94, n. 6, p. 1037-1042.

TROPED, P. J.; SAUNDERS, R. P.; PATE, R. R.; REININGER,B.; UREDA, J. R.; THOMPSON, S. J. (2001). Associations between Self-reported and Objective Physical Environmental Factors and Use of a Community Rail-Trail. Preventine Medicine, v. 32, p. 191-200.

WANG, X. Y.; BARNETT, A. G.; HU, W.; TONG, S. (2009). Temperature variation and emergency hospital admissions for stroke in Brisbane, Austrália, 1996-2005. Internacional Journal of Biometeorology, v. 53, p. 535-541.

WHO (2011). Global Atlas on cardiovascular disease prevention and control. World Health Organization, Geneva, 379p.

Downloads

Publicado

01/21/2022

Como Citar

Venâncio Ikefuti, P., & Vizeu Barrozo, L. (2022). VARIÁVEIS SOCIOECONOMICAS E O RISCO RELATIVO POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO MUNICIPIO DE SÃO PAULO. Revista Espaço E Geografia, 18(3), 639:656. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/espacoegeografia/article/view/40086