DETERMINANTES SOCIAIS DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS DE DENGUE NA FAIXA FRONTEIRIÇA DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562015e40081Palavras-chave:
dengue, determinantes sociais, epidemiologia espacial, fronteiraResumo
O presente estudo busca identificar os determinantes sociais da distribuição espacial do dengue nas fronteiras do Brasil. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais de diferentes indicadores socioeconômicos, bem como da incidência do dengue por município, discriminados pelos níveis de organização da fronteira internacional: faixa de fronteira, linha de fronteira e cidades gêmeas. Foram utilizados métodos bayesianos empíricos e o coeficiente de correlação de Spearman para as análises espaciais. No nível de país e faixa de fronteira, se encontraram associações da incidência de dengue com a condição laboral (rho>0,25; p<0,01). Na linha de fronteira foram encontradas associações com a vulnerabilidade social, o acesso à serviços de educação e saneamento (-0,38<rho>0,50; p<0,001). Por último, nas cidades gêmeas com a desigualdade da renda, vulnerabilidade social, a mobilidade e o acesso aos serviços de educação e saneamento (-0,46<rho>0,53; p<0,001). Os achados apontam a existência de diferenças entre os determinantes sociais estudados do dengue com os diferentes níveis de organização espacial da faixa de fronteira internacional, bem como discrepâncias quanto ao acesso da população à serviços sociais básicos, o nível de instrução e a renda, os quais foram relacionados com a incidência de dengue e a proximidade dos municípios à fronteira internacional.
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